Filme - Halloween (2018)

Michael Myers não se esquece de suas vítimas. Em "Halloween" (2018) a vingança pode ser a forma mais bela do terror que teve origem em 1978, filme independente que foi a estreia de Jamie Lee Curtis no cinema. Felizmente, a rainha do grito está de volta. O Thriller dirigido por David Gordon Green tem estreia para dia 25 de outubro de 2018, como um convite para a noite mais sangrenta de suas vidas.

Quatro décadas após o massacre de Michael Myers em Haddofield, llinois, Laurie Strode (Jamie Lee Curtis) terá outro pesadelo em pleno dia das bruxas. A agora avó, terá de enfrentar seus maiores medos enquanto tenta proteger a família, só que dessa vez o assassino mascarado encontrará uma adversária a altura de sua fama. O retorno de Myers tem uma elevada dose de nostalgia, para quem irá maratonar os filmes antes da sessão deste, saiba que apenas o primeiro (conhecido como "Halloween: A Noite do Terror") é o suficiente para entender toda a história que se seguirá.

Vemos desde o início um esforço legítimo de manter os padrões do assassino em série, tendo referências óbvias com suas primeiras vítimas. A única personagem mantida é Curtis, tendo um amadurecimento da personagem que ainda parecia crua. Andi Matichak é Allysson, a neta que tanto se parece com Laurie, até na desconfiança. Sua mãe, Karen (Judy Greer) é outra surpresa, já que não parecia ter herdado a genética de sobrevivência da mãe.

A progressão das cenas mostra que até mesmo o vilão teve seu aprendizado, mesmo após anos acorrentado. Como um animal de volta a caça, não será fácil deter ou prever seus movimentos. Quando o filme beirava o exagero, as boas mãos dos roteiristas salvaram a obra de receber uma péssima imagem, o que surpreendeu quem esperava algo extremo ou talvez modesto e lento como o filme inicial. Nisso vemos que só o clima de desespero já valeu a cena. A trilha sonora clássica de John Carpenter foi mantida, e isso tornou a obra infalível.

Por fim, "Halloween" merece aplausos pela excelente direção, o humor trágico e personagens que souberam sobreviver ao tempo. Uma breve homenagem ao ator Haluk Bilginer (que faleceu nesse ano) encerra o longa. Quem gosta de terror DEVE ver o melhor do ano, e sem nenhuma dificuldade de sair com a sensação de que foi ainda melhor do que esperávamos.

MORRE DIABO!