Filme - Anna: O Perigo Tem Nome (Anna)


Dentro de uma mulher se escondem várias facetas... Anna é uma delas. Com direção e roteiro de Luc Besson ("Valerian e a Cidade dos Mil Planetas" e "O Quinto Elemento") e distribuição pela Paris Filmes, "Anna: O Perigo Tem Nome" chega aos cinemas brasileiros dia 29 de Agosto de 2019, tendo ação e suspense para fãs de espionagem e suas reviravoltas. A questão é, será que esse simples nome nos marcará a ponto de lembrarmos de Anna nos próximos anos?

Por trás da beleza radiante de Anna Poliatova (Sasha Luss), há um segredo que libertará sua força indomável e habilidade para se tornar uma das assassinas governamentais mais temidas do mundo. Com sua vida sempre atrelada a grandes organizações, a jovem passará por inúmeras provações para alcançar seus objetivos, e ao mesmo tempo realizar suas missões com discrição. Força, muitas munições e autocontrole serão necessários para um filme de ação com toques de suspense, e esse ponto tem até uma boa filosofia sobre a mulher que divide sua vida de modelo e assassina, ambas com disfarces.


Com um grande elenco, o filme serve para quem busca ação desenfreada, reviravoltas básicas que não nos fazem pensar muito. É interessante como a formula de espiã continua sendo recorrente, e com a típica "beleza é uma arma" como chamariz. Hellen Mirren representa a voz da experiência, em um papel até curioso com sua versatilidade artística. Luke Evans no entanto, caiu num personagem que poderia ser interpretado por qualquer um de tão genérico. Cillian Murphy até manteve um suspense em seu personagem, e quase se tornou repetitivo com o papel.

A bela fotografia e a trilha sonora equilibrando entre momentos leves e pesados são uma das poucas vantagens que nos atrai, mantendo dilemas e ameaças que farão nossa protagonista - que aqui é muito bem interpretada por Sasha - viver um inferno na terra. Mesmo assim, tudo se torna esquecível no momento que a história aposta em situações clichês e um desenvolvimento realmente previsível. Assim como a atriz, a personagem é de Moscou, Rússia... e por esse motivo entra as bonecas russas conhecidas como Matrioskas, onde abrimos ela e encontramos versões menores e diferentes de si mesma. Haverá um momento bastante bonito relacionando a esse objeto simbólico.


Com temas recorrentes e importantes como autoconfiança, liberdade sexual e violência doméstica, é fácil entender que o longa tem uma dupla função de agradar homens e mulheres, entretanto de um modo que combina a ideia de repensarmos o que ainda é considerado "sexo frágil". Sasha Luss volta a trabalhar com o diretor Luc Besson após "Valerian e a Cidade dos Mil Planetas"(2017) e se esforça para trazer um filme a nível "Lucy"(2014), do mesmo diretor. Foi uma boa experiência, para que aposentem o famoso "mais do mesmo".

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