Filme - Downton Abbey (2019)

A aristocracia está de volta... e em uma tela um pouco maior. A sequência da série britânica de sucesso será nos cinemas. "Downton Abbey" durou 6 temporadas (2010 - 2015) e soube terminar no auge, sendo que para os fãs tenha um fim cedo demais. Por sorte, com alguns anos tivemos a confirmação do filme, formato que não muda tanto em comparação com a qualidade cinematográfica da série. Dirigido por Michael Engler (diretor da série) e com o roteiro e produção do criador da série Julian Fellowes, tudo está entre a equipe que conduziu tão bem a história da família Crawley durante anos. Com lançamento para o dia 24 de Outubro de 2019, a Universal Pictures lhe convida para uma ocasião memorável.

O ano é 1927. Robert Crawley (Hugh Bonneville), Conde de Grantham, recebe uma carta do Palácio de Buckingham anunciando que o Rei George 5º (Simon Jones) e a Rainha Mary (Geraldine James) virão à Downton Abbey como parte de uma excursão real pelo país. Quando Violet Crawley (Maggie Smith), Condessa Viúva de Grantham, ouve a notícia, fica preocupada que a dama de companhia da Rainha Maria, Maud (Imelda Staunton), Lady Bagshaw, também venha à Downton. Lady Bagshaw é prima-tia de Robert, e as duas famílias se desentenderam por causa de uma questão de herança. Seria esse um recomeço para as famílias Crawley e Bagshaw?

Nada poderia agitar mais a propriedade do que uma visita da família real, que chegam em Yorkshire para visitar a filha, a princesa Mary (Kate Phillips). Como sempre, as questões não só afetam a realeza, como também os empregados de Downton, que logo descobrem que serão colocados de lado pelos funcionários da Família Real. Esses que receberão nas terras suas "versões Reais" prontas para servir. Como é de se esperar, a visita gera diversas situações cômicas, e é claro, o drama continua sendo o ponto forte da trama inglesa. Tanta riqueza de detalhes preserva uma parte da história Real que muitos gostariam de viver.

Dentre temas envolvendo tendências republicanas, políticas e o preconceito que aqui irá desde a desigualdade social, e a nada surpreendente homofobia da época. Todo o elenco está de volta, tendo ainda a adesão de novos membros que abrilhantam esse especial. Imelda e Maggie estão ainda melhores, sendo mais divertido quando relembramos suas participações na franquia "Harry Potter". Com duas horas de duração, é impossível não pensar que estamos vendo a série no cinema, sendo sempre um sinal do crescimento que poucas levam as telonas com a mesma qualidade. É um presente para os fãs, e por esse motivo não seria uma boa sessão para quem não conhece os desdobramentos da série.

Com uma boa conclusão, momentos emocionantes e até uma trilha sonora com direito a orquestra em cena, fica claro que o drama tinha um bom motivo para esse retorno, pois toda a equipe envolvida se entrega aos papéis que ainda estão frescos em nossa memória, sem soar forçado. Após a sessão ficamos com vontade de rever a série, e embora tenha um final com chave de ouro, sempre vamos torcer por mais "finais" que trazem nossos queridinhos do século XX. O que faltou? Talvez um casamento (situação mais do que clichê), mas isso fica pra outra oportunidade.