Filme - O Exterminador do Futuro: Destino Sombrio (Terminator: Dark Fate)


A famosa frase "Eu Voltarei!" está sendo uma promessa um tanto repetitiva, não acham? A Fox Film tem o prazer de ter de volta a franquia mais popular de seu catálogo. "O Exterminador do Futuro: Destino Sombrio" é o sexto capítulo da saga, que funciona como uma espécie de recomeço. Com a direção de Tim Miller ("Deadpool") e o retorno de James Cameron na produção, já é um alívio ter sua presença que nos dois primeiros filmes foi a melhor direção. Com estréia no dia 31 de outubro de 2019, podemos esperar uma luz do fim do túnel? Só o futuro dirá.

Sarah Connor (Linda Hamilton) e Grace (Mackenzie Davis) uma híbrida humana aprimorada/ciborgue devem proteger Dani Ramos (Natalia Reyes), uma jovem que será alvo de um Exterminador líquido recém-modificado que veio do futuro para matá-la. Arnold Schwarzenegger, que aos 67 interpreta novamente o papel icônico de T-800, agora de cabelos grisalhos: "velho, não obsoleto". Ao seu lado Linda Hamilton se mostra ainda mais capaz de bater de frente com qualquer um que ameace seu mundo, e não podemos negar... essa Sarah Connor é F*#@! Agora, mais do que nunca entendemos que essa série de filmes não tem só um protagonista.


O reencontro desse elenco tão ilustre sequer consegue superar um roteiro que repete à exaustão situações que os fãs e cinéfilos já sabem como funciona, em uma história previsível e com pouca imaginação. Se o looping (repetição automática) não fosse característico de filmes com viagem no tempo, seria ainda mais irritante para a simples história com referências bem elaboradas e frases de efeito que te fazem vibrar. A incansável computação gráfica toma a maior parte das cenas, tendo sido necessária do mais simples recurso ao mais difícil para o cinema (rejuvenescimento dos atores), o que por vezes deixa o espectador com o desconforto de ver animações de um jogo.

A interação dos personagens é interessante, ainda que a relação de Grace e Sarah seja tão infantil, já que ambas parecem competir pra ver quem é a mais badass motherfucker da equipe, que pra nossa alegria é da maioria feminina, demonstrando que a franquia amadureceu pelo menos ao aceitar que uma diferença poderia fazer bem na trama que antes tomava horas com Schwarzenegger, e que agora pouco teve dele. Sim, o rosto da franquia estará menos presente, e de forma intencional, justificando suas aparições como algo poderoso para o filme, que como sempre é um sci-fi de ação com boas cenas de luta.


"O Exterminador do Futuro: Destino Sombrio" é o melhor filme que fizeram da franquia em anos, tendo em vista o esforço das produções de trazer um meio-reboot(recomeço), considerando apenas o primeiro e o "O Julgamento Final" (segundo longa, de 1991), sendo esse o terceiro fim para a mesma trilogia, já que o "Gênesis" (quinto filme, de 2015) buscava fazer o mesmo. Ser melhor que esses nem é um feito tão impressionante, considerando as atrocidades que macularam a franquia iniciada em 1984. Melhor do que isso, somente com a direção de James Cameron. Quanto a franquia, só podemos desejar: "Hasta La Vista, Baby!"

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