Filme - Sonic (Sonic the Hedgehog)

A franquia mais popular de jogos da SEGA recebe sua nova adaptação, agora para os cinemas em live-action, algo arriscado e que quase recebeu um visual indesejável. "Sonic: O Filme" é uma grande homenagem ao personagem que começou em 1991 correndo pela própria vida. Dirigido por Jeff Fowler, estreante que também é um dos produtores executivos do longa que chega aos cinemas dia 13 de Fevereiro de 2020 pela Paramount Pictures, com classificação livre e poderá ser encontrado na versão dublada e legendada. A questão é, vale dar uma corrida?

A história segue as aventuras de Sonic (com a voz de Ben Schwartz) enquanto ele tenta se adaptar à sua nova vida na Terra (mais exatamente em Green Hills, a primeira fase do jogo) com seu recém-descoberto melhor amigo humano Tom Wachowski (James Marsden). Sonic e Tom unem forças para tentar impedir que o vilão Dr. Robotnik (Jim Carrey) capture o ouriço azul e use seus poderes para dominar o mundo. Ao mesmo tempo que Sonic ainda está aprendendo como usar suas habilidades, e garantir que seus amigos estejam em segurança.

Com uma breve passagem por sua origens de outro planeta, e a importância dos clássicos anéis que estarão até na intro da Paramount, vemos que o perigo acompanha nosso protagonista desde a infância. É fácil entender suas insatisfações com o passar dos anos e ter que se esconder de todos. Ainda que o roteiro tente justificar seus momentos de raiva, esses momentos soam bobos demais para nos mostrar que ele pode ser uma ameaça alienígena, sendo que o impacto é desproporcional. A maioria dessas cenas são vistas até para entendermos que esse Sonic está para se tornar o herói que conhecemos nos jogos.

Mesmo com as referências a diversos jogos da franquia, a história soa simples, ainda que o destaque seja o humor por parte da caçada gato e rato que teremos com Jim Carrey, em um papel divertido e dentro do que o ator sempre mostrou talento. O desafio mesmo foi trazer o personagem de Tom Wachowski para algo mais para o de uma babá do que um xerife, situação que é aceita por ser uma cidade pequena. Ele e sua esposa, Maddie (Tika Sumpter) geram grandes momentos cômicos e úteis para o desenrolar da trama. A grande equipe de efeitos especiais garantem excelentes interações entre a computação gráfica e o elenco.

Com uma boa cena pós-créditos nos apresentando o (óbvio) futuro da franquia, não falta diversão para toda a família. Próximo dos 30 anos, Sonic envelhece bem para seus fãs mais fieis, e ao mesmo tempo agregando as novas gerações que nunca devem ter jogado e se arrepiado com a trilha sonora. Até mesmo a rivalidade SEGA x Nintendo acontecerá de forma sutil. Afinal, todos odeiam a fase "Mushroom Hills Zone" (Cogumelos?) nos jogos. Estamos confiantes com o desempenho dessa aventura, e torcendo para sua sequência, trazendo mais outro personagem querido. Até logo, Sonic!