Filme - Maze Runner: A Cura Mortal (The Death Cure)


Uma hora ou outra a corrida chegaria ao fim, e que bom que essa se tornou outra franquia a terminar sua história diferente de outras sagas literárias que não tiveram sorte nos cinemas. A ideia de não dividir o final da franquia "Maze Runner" foi o primeiro acerto para o último capítulo da trilogia escrita por James Dashner. O ambiente distópico dirigido por Wes Ball desde o primeiro filme (em 2014) ainda está presente para os fãs que sabem que o diretor não tem um currículo extenso, mas é fato que fez um bom trabalho.

A doença criada pelos homens conhecida como Fulgor ainda ameaça a população, sendo que a possibilidade de uma cura leva Thomas (Dylan O'brien) e seu grupo de amigos, que diminui cada vez mais, a uma nova aventura que poderá dar um fim ao caos provocado pela CRUEL (WIKED), pois a organização está elaborando algo ainda mais desastroso para a humanidade. Desde o primeiro ato vemos o pânico que se torna a tentativa de salvar alguns dos jovens imunes ao vírus, sendo uma cena importante para injetar no espectador a adrenalina que nos manterá com os olhos na tela até o fim.


Ainda que tenha havido contratempos que poderiam comprometer a trama, como o acidente envolvendo Dylan e a boa novidade que a atriz Kaya Scodelario recebeu com sua gravidez, tudo está bem organizado pelo elenco que convence bastante e já se conhecem ao longo dos anos. Em questões de atuações a única decepção foi por parte dos vilões... Ava Paige (Patricia Clarkson) por exemplo, não só se tornou secundária como também perdeu totalmente a utilidade em sua participação, fazendo com que Janson (Aidan Gillen) seja a real ameaça, o que o deixou tão saturado e perdendo sua imponência.

A fotografia é adequada para o gênero ação e aventura, mas não é um verdadeiro destaque. Já os efeitos especiais estão bem aplicados no espaço e combinam com os longas anteriores. A trilha sonora se torna fundamental para garantir a tensão em momentos pontuais, o que ficou ótimo para quem esperava surpresas e um pouco de nostalgia. Em questão de química, o momento não favorece tanto, mas ainda sim podemos ter um pouco do ship de cada dia.


Com alguns erros de continuidade, é fácil ver que a montagem foi dificultada para compactar um filme que no final tem nada menos que duas horas e vinte dois minutos. Por sorte tem o que os fãs gostariam de ver e o final se manteve bem próximo ao livro. Talvez por ter um público direcionado, a alternativa de ver "Maze Runner: A Cura Mortal" seja ruim para quem não viu os filmes anteriores, mas para quem leu, esperou esse momento e até assistiu diversas vezes, ele será sensacional.

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