Filme - Com amor, Simon (Love, Simon)


A Fox Film continua na investida em romances literários com potencial para adaptações no cinema, e como estamos falando de bons livros, você já leu "Simon Vs. A Agenda Homo Sapiens" da autora Becky Albertalli? Em seu romance de estréia ela consegue fazer tanto bem aos leitores que todos torciam por esse momento, mas com medo. Apesar de alterarem o nome para "Com amor, Simon" a história não perde a essência e por esse motivo devemos agradecer pela direção de Greg Berlanti ("Clube dos Corações Partidos" e "Juntos Pelo Acaso"), mas sabemos que não é só um filme de amor.

Pelo nome já entende-se que Simon é quem nos deixará aflitos até o fim, e é verdade. Interpretado pelo ator Nick Robinson ("Tudo e Todas as Coisas"), o jovem não demora muito para nos apresentar seu drama que vai além de ser um adolescente do colegial, pois ele é gay. Seus amigos, família e nem mesmo estranhos sabem de seu segredo. O problema é que sua felicidade está em jogo quando seus desabafos em um site com um jovem anônimo podem revelar tudo que ele sente a respeito disso. Por sorte temos ótimas oportunidades para rir disso, mas também poderemos chorar com tanto esforço para ser livre.


Por haver dramas adolescentes é fácil comparar a qualquer filme de comédia romântica, mas o drama o aproxima do sucesso "A Culpa é das Estrelas", que ironicamente o ator Ansel Elgort poderia ser Simon, até pela semelhança com o ator (muito bem) escolhido. O elenco não tem tantos problemas, já que encontra espaço para todos brilharem. Os pais de Simon são o casal mais perfeito possível! Pode entrar Jennifer Garner e Josh Duhamel. Sua irmã mais nova é tão fofa que dói, interpretada por Talitha Eliana Bateman. Quanto aos amigos, Simon tem um monte! A começar por Katherine Langford, atriz da série de sucesso "13 Reasons Why" que não deixa de ter seu brilho.

A dinâmica do filme busca trazer sempre uma dificuldade após outra, sendo que na realidade não deveríamos ver como um problema. Afinal, o filme é útil para abordar o tema? Com toda certeza, pois nem todos entendem a realidade e a consequência de se esconder por medo, preocupação com a família e amigos etc. A fotografia consegue fazer desse um filme menos dramático e mais aconchegante. Para gays, lésbicas,bis, trans esse funciona como um abraço apertado e necessário. Uma coisa é certa, nenhum problema é impossível quando se tem tempo para lidar com tudo.


A obra servirá para cada jovem que queira mostrar aos pais e responsáveis o quanto sofrem quando não podem dizer o que sentem. Como adaptação também está de parabéns, e torcemos para que cheguem a adaptar "Os 27 Crushes de Molly", livro da mesma autora que agora será como uma nova John Green ou Nicholas Sparks (autores que tiveram boa parte de seus romances adaptados após sucessos). Leve seus amigos, pais e até o crush (hétero ou gay, não importa) a mensagem é pra todos.

QUE GRUPO CARISMÁTICO! ❤



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