Filme - Medo Profundo (47 Meters Down)


Cuidado, essa crítica está repleta de tubarões e também evite caso você não saiba nadar. Se esse aviso não é pra você, então aproveite a sensação de terror que o filme "Medo Profundo" lhe proporciona. O lançamento do diretor Johannes Roberts ("Do Outro Lado da Porta" e "Storage 24") é o que se esperava para alguém acostumado a trabalhar com o gênero survival horror? Com certeza! Mas como nós amamos tubarões, vamos dar uma chance para esse que pode ser o filão mais popular desde as franquias "Jaws" (também conhecida como "Tubarão") e "Sharknado". Tente não perder o fôlego!

Sem um começo muito promissor, a típica história se inicia. Duas irmãs decidem aproveitar o máximo de suas férias no México, mas o que seria uma viagem sem um pouco de aventura nas águas repletas de criaturas marítimas? A partir de uma ideia para superar o término de um relacionamento, as jovens se unem nessa "ilegal" jornada. Ao serem colocadas em uma gaiola, um acidente faz com que elas fiquem presas a 47 metros de profundidade no oceano, sem ninguém além de uma a outra. Sabemos como isso vai terminar.


A localidade é linda, ainda mais com um elenco bastante atraente que deve ter se divertido muito nos intervalos. Já as atuações ficaram a desejar, principalmente a da veterana Claire Holt ("The Originals" e "H2O: Meninas Sereias") que se tornou o tipo de atriz que não adota personalidades variadas em cada papel. Pelo talento de Mandy Moore ("Um Amor Para Recordar") o filme poderia lotar uma sala, mas aqui está uma decepção de papel para completar a falta de entusiasmo da atriz. Fora elas, o papel principal se deve aos tubarões brancos que tiveram cenas muito pontuais e fáceis de se esperar. Ou seja, uma mãe dizendo pro filho: "Só mais uma mordidinha."

Para não perder uma hora e meia de filme, sua conclusão é melhor do que era esperado de um início tão morto. Aparentemente a personagem de Moore ganhou força em uma questão de minutos e mostrou não ser tão vulnerável. Somente isso foi positivo o bastante para esse longa ganhar uma estrela, mas não esperem sequências... nem os atores vão querer. Afinal, o medo de tubarões é a razão para esse ser quase um terror? Nem tanto, pois o medo de perder todo o oxigênio era o que nos mantinha aflitos o suficiente para nos preocuparmos com as personagens.


Para um de seus mais recentes trabalhos, Johannes precisa fazer algo mais aprimorado se deseja manter essa repercussão que seus últimos filmes (mencionados acima) receberam, pois foram poucos os distribuídos em países como o Brasil. A ideia do trash se manter vivo nos filmes de horror não é digno de obras para o público geral, ainda mais para os britânicos, de onde o diretor se origina. Se quiser uns sustos leves ainda poderá encontrar em "Medo Profundo", mas sabendo que não é o melhor disponível.

NENHUM TUBARÃO FOI FERIDO DURANTE AS GRAVAÇÕES. JÁ AS GAROTAS...

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