A força que damos na rivalidade das cantorAs



Considerando a crescente oportunidade de inúmeros cantores e cantoras surgirem através da internet é difícil não "esbarrar" no que antes era uma terra de sortudos. A rivalidade surge como uma forma de alimentar a segregação desmedida ou apenas uma desculpa para calar um núcleo que se fosse mais unido teria força para trazer boas músicas e mensagens mais positivas. Até quando veremos tudo como opostos... bem ou mal, Perry ou Swift, Miley ou Selena, Gaga ou Madonna, Ariana ou Mariah... não existe fim?

A ideia dessa postagem é abrir os olhos de quem não percebe que os cantores homens não parecem ser atingidos por essa problemática. Pouco vemos Justin Bieber, Shawn Mendes e outros rapazes que são incluídos em rixas, revelando que as mulheres devem ser as responsáveis por tanto problema e hostilidade. Entretanto, é triste ver que os fãs usam suas cantoras como peças que devem vencer qualquer outra que não seja de seu agrado e assim cair na mídia como em um jogo de xadrez. A mídia por outro lado não facilita, pois precisa de novidades e sensacionalismo, prova maior do que as perguntas tendenciosas que fazem para as cantoras? "Andam circulando informações de que você e (coloque o nome de uma cantora) não se gostam, é verdade?". As respostas precisam ser bem cuidadosas para não começar um desastre, e como todo ser humano podemos nos expressar de maneira indevida e infelizmente criar um monstro de verdade.


A beleza de resolver "tretas" é ainda mais bonito, como quando os fãs viram Katy Perry e Taylor Swift interagindo pelas redes sociais, a sensação de paz contagia mais do que pensamos, ainda que ambas estejam com álbuns retrucando críticas alimentadas desde de o lançamento anterior. Do mesmo modo no rock com as cantoras que tomam os vocais de uma banda normalmente composta por homens, e nesse momento particular existe uma banda difícil de entender. Tarja era a primeira vocalista do Nishtwish, mas após problemas com os demais membros foi expulsa, enquanto a vaga surgia e uma seleção trouxe Anette Olzon, e depois de problemas com os mesmos membros veio a atual vocalista Floor Jansen, que além de talentosas ainda lidam com comparações grotescas de suas carreiras, já que as demais continuam cantando no mesmo gênero. Anette e Tarja mostram se respeitar, ainda mais por passarem pela mesma situação, mas já com Floor a coisa é mais nebulosa por evitar ao máximo questões que envolvem as outras.

Seja por cantar e dançar ao mesmo tempo, ou por ter vocais potentes contra uma voz mais suave que é o suficiente para manter Chistina Aguilera e Britney Spears, além de terem trabalhado juntas na Disney... o que lembra as estrelas da Disney mais novas, como Miley Cyrus e Selena Gomez. A mesma história, o mesmo fim. As origens justificam tudo, e por não trabalharem mais unidas estão sendo rivais, de acordo com um princípio que não afeta os Jonas Brothers após a separação que trouxe Nick Jonas e Joe Jonas a carreiras no pop que não afetam o equilíbrio ou amizade dos irmãos. Já um cantor mais consolidado que veio com Christina e Britney, Justin Timberlake, não parece sofrer com competitividade ou comparações descabidas. Não era pra ser assim?


Todos esses comentários chegam a se perder na hora de julgar o talento do artista, e passam a atingir sua formação física, idade, sexualidade e sem entender que ninguém é igual a ninguém. Julgar uma cantora por namorar muito é o mesmo que julgar a outra por ser velha e dizer "seu tempo já passou". Lady Gaga e Madonna nunca tiveram esse começo até chegarem essas críticas, que com fundamentações em plágio, mesma ideologia e mesmo público-alvo. A dificuldade em entender que todos podem conviver no mesmo núcleo é tão complicada que só aumentam a necessidade de debates conflituosos.

A mais bela união chega de grupos como Ariana Grande, Jessie J, Nicki Minaj que garantem na música uma inesperada parceria e assim evitar colocá-las umas contra as outras. Outra parceria mais recente uniu Tove Lo com Charli XCX, ALMA, Icona Pop e Elipphant e nada impediu as garotas de criarem sucessos para o público que é em sua maioria o mesmo. Além do mais, muitas cantoras conseguirão ser apresentadas para quem nunca as veria sem uma apresentação como essa. É tão difícil ver mais vantagem em unir as coisas boas? Pensem mais antes de criarem comentários que diminuirão mulheres, artistas, cantoras ou qualquer um. Você paga internet pra isso? Acho que não.

Por um mundo onde o mal não seja necessário.

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