Filme - Talvez Uma História de Amor


A melhor maneira de não terminar uma história de amor é não começá-la. Todo esse romance está presente na comédia "Talvez Uma História de Amor", filme nacional baseado na obra literária homônima do autor Martin Page, escritor famoso por personagens tão incomuns como os que veremos nessa obra adaptada que chega aos cinemas no dia 14 de junho de 2018, apenas dois dias depois do 'Dia dos Namorados', e até lá muita coisa pode acontecer não é? Dirigido por Rodrigo Bernardo, diretor de alguns episódios da série "(Des)Encontros", venha sem medo de se apaixonar por essa história inesquecível.

Mateus Solano é Virgílio, um típico publicitário workaholic (viciado em trabalho) que não se sente confortável com mudanças, ainda que isso possa lhe favorecer. Talvez por essa rotina nunca tenha encontrado o amor da sua vida... mas parece que encontrou. Ao receber uma mensagem da Clara terminando tudo que eles construíram ele entra em pânico. Por que não se lembra dela? A comédia alcança um filme de suspense durante toda a trama que se desenvolve com a busca de Virgílio. É muito bom ver que Solano conseguiu nos provocar agonia em sua caçada pela ex, e até duvidarmos de sua sanidade.


Os demais integrantes desse grande elenco estão aqui mais para confundir o espectador, já que a maioria são mulheres e que podem ser a tão desejada Clara. Ver comediantes como Dani Calabresa sem soltar uma piada é um exemplo de filme que se garante no roteiro. Além dela veremos Marco Luque, Bianca Comparato e até mesmo a atriz internacional convidada Cynthia Nixon ("Sex And The City"), sendo que esses são os grandes destaques dessa aventura. Já de trilha sonora veremos um pouco de tudo, de Frank Sinatra, Charlie Brown Jr à Ed Sheeran. Uma viagem sempre se faz necessária, e nesse não será diferente... e por sinal, a fotografia de "Talvez Uma História de Amor" é bem atraente.

A ideia chega a nos cansar quando vemos que Virgílio só tem uma mensagem na secretária eletrônica como pista de Clara, mas não fica difícil de entender que o protagonista é mesmo de outro mundo, e gostamos de gente estranha. Não só por ser tão à moda antiga que usa celulares dos anos 2000 ou preferir manter seus TOCs até mesmo quando sua saúde parece estar em jogo. Assim como o personagem, esse romance é proativo até demais. Com direito a propagandas na Times Square e uma vista inesperada ao MASP, veremos um pouquinho de tudo até chegar na misteriosa garota.


Sua conclusão é fofa, mas falta entusiamo quando descobrimos a verdadeira identidade da Clara. Não se tornou previsível e garantiu que tivéssemos nossas suspeitas. E convenhamos, toda surpresa é bem vinda. Só temos a agradecer a Warner Bros. por apostar em nossos filmes e dar uma força para que eles sejam queridos até pelos gringos.

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