Filme - Uma Quase Dupla


Nem sempre dois formam uma dupla, e na polícia não é diferente. A nova comédia distribuída pela Paris Filmes tem um clima cheio de ação e suspense dignos de um thriller internacional, mas nem pense que será fácil ficar sem dar uma boa gargalhada do elenco que se esforça para nos matar... de tanto rir. Dirigido por Marcus Baldini ("Bruna Surfistinha" e "Os Homens São de Marte... e É Pra Lá Que Eu Vou"), vamos desvendar um mistério em uma cidade bem joinha, de gente fina sabe? Só tem um Serial Killer mesmo.

O longa começa com enfoque na personagem Keyla, interpretada por Tatá Werneck, investigadora experiente e destemida (até demais) que terá de visitar a cidadezinha de Joinlândia para entender mais dos assassinatos que não deixam muitas pistas para a polícia local, e para ajudá-la encontraremos o subdelegado Claudio, vivido por Cauã Reymond, um pacato policial que precisa aprender muito com uma outra mulher que não seja sua mãe. Os opostos serão o maior motivo das risadas que encontraremos aqui, já que desde o primeiro contato entre eles é perceptível a falta de química, atrapalhando mais do que ajudando na solução do caso.


As situações inciais conseguem convencer o público de que os personagens buscam algo de fato, mas não dura muito em razão das piadas que além de terem pouco aproveitamento e cada um seguir para um lado. Por ser uma investigação, é bem claro que haverá expressões que nos entregam o real culpado. O humor é frequente, mas respeita alguns momentos para que possamos aproveitar a história, que por ser muito fraca nem vale o investimento. Para fãs de piadas nonsense e até mesmo da Tatá, esse é uma boa alternativa para ir assistir, ainda que seja para ficar com baixas expectativas. A interpretação da atriz é sempre caricata e cheia de seus trejeitos, algo que sempre dá certo. Já Cauã se entrega a um papel que parece ser dublado de tão ridículo, mas conseguiu parecer um filho mimado e bobão digno da série de filmes "Todo Mundo Em Pânico".

Ainda que tenha uma solução previsível e boas gargalhadas, o filme é um desperdício de investimento, tendo em vista tantas outras opções em cartaz. Nem a direção de Baldini e o elenco de grandes feras da comédia é suficiente para lidar com uma história básica e sem alma, pois é mais um quadro do "Zorra Total" ou do "Comédia MTV" de maneira ampliada para chamar de filme. Nem reciclando os memes da Xuxa deu certo. Não foi dessa vez que uma dupla de policiais emplaca uma.

"...e quem não quer?"


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