Os prós e contras da censura (+18) no cinema


Censura +18, eis a questão. Muitos amando não ter crianças chorando na sala de cinema, enquanto outros olham como uma falta de liberdade, já que deve partir dos pais e filhos estarem de acordo com "vamos ver um filme com teor adulto" e isso não deve partir do Governo ou quem quer que seja? Nem sempre foi assim, e isso provoca incômodos por parte do público mais novo que deseja ver blockbusters que nos foram empurrados por toda parte: livros, outros filmes, programas de TV e por essa razão não é fácil alcançar um acordo.

Seja em "Deadpool" ou "Cinquenta Tons de Cinza", vivemos em um país onde as novelas nos mostram muito mais do que essas franquias nos mostrou em dois ou três filmes inteiros. E o que parecia um boicote para um filme que acabou de chegar nas salas, se tornou uma confusão ainda maior. Ingressos devolvidos, jovens menores indignados em saber que nem seus pais autorizando expressamente seria capaz de garantir sua entrada nas salas de "Deadpool 2". Parece jogada de marketing quando vimos o aviso na véspera da estréia. A situação piora quando vemos que de +18 o filme se tornou "não recomendado para menores de 16 anos", o que flexibilizou a entrada do público que ama Deadpool desde o primeiro filme (que era para essa faixa de idade) e já viram em filmes como "X-Men Origens: Wolverine" que na época não era recomendado para menores de 12 anos.

De fato, quando vamos ver animações o público-alvo costuma ser as crianças que vão rir alto, chorar por nada, e conversar sobre cada bobagem que não vemos sentido. Parte do nosso preconceito com os jovens agradece quando vemos que "guris" não vão entrar para um filme que queremos ver. Mas lembre-se que já fomos como eles, querendo ver algum filme incrível, como "Blade: O Caçador de Vampiros", e isso não nos faria sofrer influência do que vimos nas telas. Existem crianças e crianças, claro. Algumas veem um filme de terror para maiores e terão pesadelos por um mês, mas outras se apaixonarão pelo gênero que vemos o tempo todo com as mãos na frente dos olhos. A secreta paixão pelo proibido surge com tantos impedimentos.


Por fim, com a internet é quase impossível que os jovens não tenham acesso a tudo... conhecimento sobre sexo, drogas, formas de emagrecer e por essa razão o controle deve existir por parte dos pais. Quem melhor para conhecer seu filho e entender que eles buscam nesses veículos perguntas não respondidas pelos adultos, já que "você não tem idade para isso!". Uma geração de jovens mais questionadores chegou, e nenhum pai pode se jugar 100% preparado para criar uma criança curiosa. Mas pensem que o politicamente correto é uma forma de tirar a diversão que uma ida ao cinema pode proporcionar a eles. Claro que a presença de sexo de um "Cinquenta Tons de Cinza" seria mais perigoso, e por esse motivo a censura é apropriada. Mas será que esses pais não impediram a criança de ler a obra original?

Se estamos preocupados com o futuro, que tal explicar "o filme que você quer ver é uma ficção, ou seja não tem nada para te assustar" e assim impedir que exista uma falta de discernimento da realidade e da fantasia. Para melhores resultados é recomendado ouvir mais os filhos, entender como eles pensam, e compreender que nada pode impedi-los de fazer algo imaturo. Ninguém está seguro, nem mesmo nós adultos. Vamos ver filmes, e se cada um se colocar no lugar do outro o mundo será mais tolerante e com censuras menos confusas.

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Xô Censura!

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