Filme - Um Pequeno Favor (A Simple Favor)
Sabe aquele favor que ninguém poderia imaginar que custaria tão caro? Chegou a hora de encará-lo de frente. Baseado no livro de estréia de Darcey Bell, "Um Pequeno Favor" é um thriller de comédia que muitos poderiam julgar pelo cartaz sofisticado e sem nenhuma gota de sangue. Dirigido pelo também ator Paul Feig ("Missão Madrinha de Casamento" e "A Espiã Que Sabia de Menos"), teremos uma amostra do que uma adaptação de qualidade pode trazer para o público geral um bom filme mesclando gêneros. Com lançamento para o dia 27 de setembro de 2018, recomendamos que assistam a versão legendada do longa para pegar todo o humor incluso.
Stephanie (Anna Kendrick) é uma jovem mãe que divide o tempo entre a criação do filho e o trabalho como seu vlog no YouTube. Quando sua melhor amiga Emily (Blake Lively) desaparece, ela parte em uma jornada para descobrir a verdade por trás do ocorrido. A situação é muito rápida ao desenvolver uma amizade entre mães, e isso se deve aos filhos serem colegas de escola. Por serem diferentes e começarem a partilhar segredos obscuros cria uma amizade forçada. Por ser solitária, Stephanie meio que aceita tudo que pode para ocupar seu tempo, e isso cria a necessidade de uma amizade mais próxima como Emily, e por convívio, o marido Sean (Henry Golding).
Os personagens combinam com o cenário norte-americano cheio de harmonia, e pra essa situação mudar não é preciso muito. Logo começam as surpresas ocultas que fazem o longa parecer uma versão genérica de "Garota Exemplar". Quando a polícia é envolvida teremos mais pistas do que pode ter ocorrido com Emily, e com isso algumas reviravoltas que o tornam um pouco mais original. As atuações são boas o bastante e destacamos esses três atores que viveram esses papéis suas vidas inteiras, e por isso não precisaram de muito esforço, além de serem engraçados.
A conclusão foi menos interessante do que era proposto na construção do filme, apelando até para cenas previsíveis que com certeza são fruto apenas da versão cinematográfica, já que o livro lançado em 2017 parece levar um tom mais sóbrio e menos comercial. A ideia não chega a irritar o espectador, já que ainda ficaremos de boca aberta em alguns momentos após várias revelações seguidas. Se dessas quase duas horas tivessem algumas cenas cortadas, essas não fariam falta para o resultado alcançado, e ainda ficariam com uma duração mais acessível para um blockbuster perfeito.
A direção de Paul Feig tornou esse uma mescla de comédia e thriller digna de aproveitar com os amigos. Além de tudo, a lição que ele trará é realmente valiosa para as mulheres de plantão, e até mesmo os homens que se sentirem no mesmo barco. Por fim, a única coisa que ainda nos deixa um pouco com o pé atrás é o fato das atrizes que protagonizam esse filme não terem "cara de mãe", o que de fato, elas estão mais próximas de personagens de 25 anos etc. Sim, isso não é uma regra, e até para isso o filme servirá: para desconstruir a ideia de que mães são um padrão de beleza e juventude diferente das jovens garotas.
Nós amamos as capas conceituais representando as taças que são cativas no filme. |
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