Filme - Conquistar, Amar e Viver Intensamente (Plaire, aimer et courir vite)


Conhecido também como "Sorry Angel", é o novo longa do diretor e roteirista francês Christophe Honoré ("Canções de Amor" e "Metamorfoses"), que foi selecionado para competir pela Palma de Ouro no Festival de Cinema de Cannes de 2018. Essa honra mostra a evidência do cinema francês para o drama e romance, ainda mais nos tocantes temas da comunidade LGBT. Com previsão para lançamento no dia 20 de dezembro de 2018, é certo de que será um bom filme para quem aprecia algo menos comercial. Se você quer tudo que o título de "Conquistar, Amar e Viver Intensamente" nos trouxe, terá de pagar o preço.

A história é ambientada em meados dos anos 90. Arthur (vivido por Vincent Lacoste), jovem estudante de Rennes (Bretanha), vê sua vida mudar completamente quando conhece Jacques (Pierre Deladonchamps), um escritor e dramaturgo de 39 anos que vive em Paris com seu filho pequeno. Os dois vivem uma história de amor em um período complicado, mas a vida continua, apesar de todas as adversidades. Como essa breve união conseguirá trazer aos dois os melhores momentos da vida de ambos? Essa é a questão que só o coração do espectador responderá em cada cena.


A abordagem de temas como preconceito, sexualidade e diversidade estão bem entrelaçados nessa película, tendo mais do que uma nudez típica do cinema francês, e se não fosse por momentos dramáticos seria um romance legítimo e feliz para quem já está acostumado com finais tristes quando se trata de gays descobrindo a felicidade nos braços de outro. Logo no início vemos uma dinâmica diferenciada para cada parte do filme, e a apresentação com a música alta parece um verdadeiro videoclipe antigo. O que conseguiram fazer parecer um novo clássico, já que o ano de 1993 foi bem retratado e nos provoca nostalgia de ver poucos celulares e mais olhares ao vivo.

Destaque para o casal de atores que tiveram uma química bem agradável de se acompanhar, já que começaremos a torcer pelos dois, mesmo quando a previsibilidade está se aproximando em meio das duas horas e doze minutos de filme. Ainda teremos o destaque de um terceiro que rouba momentos de descontração do filme... estamos falando do ator Denis Podalydès vivendo o introvertido porém extrovertido Mathieu. Pensar que a autenticidade dos relacionamentos retratados são presentes até hoje, é bastante interessante de aproveitar tanto sozinho como acompanhado. Não é um filme muito familiar, mas já possui um apelo maior para quem acompanha os Festivais de Cannes.


Não é o mais revolucionário lançamento do diretor, ainda que seja o que obteve mais prestígio internacional. O nome de Honoré aos poucos é construído com boas referências que ele carrega em cada um de seus filmes. A fotografia, o roteiro e a trilha sonora não escondem o empenho que existe para tornar o momento que a sessão começa especial. Recomendamos com lágrimas de emoção rolando, já que queremos "Conquistar, Amar e Viver Intensamente" também.

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