Filme - Vingança a Sangue Frio (Cold Pursuit)


"A Vingança é um prato que se come frio", e nem isso o impedirá de aproveitar esse banquete. Além de ser um remake do filme norueguês "O Cidadão do Ano" de 2014, a obra é uma conhecida mistura de gêneros como ação, drama e suspense, que a princípio não parece ter um diferencial. Dirigido por Hans Petter Moland ("Um Homem Um Tanto Gentil"), esse é o retorno do diretor que fez um remake de seu próprio filme. O que "Vingança a Sangue Frio" terá de novo? Com estreia para o dia 14 de fevereiro de 2019, estaremos em busca uma única coisa nos cinemas...

Nels Coxman (Liam Neeson), um tranquilo homem de família, trabalha como motorista de um removedor de neve e vê seu mundo virado de cabeça para baixo quando seu filho Kyle (Micheál Richardson) é morto por um poderoso traficante de drogas. Impulsionado pelo desejo de vingança e sem nada para perder, ele fará tudo o que por preciso para destruir o cartel. Diante de grandes ameaças, Nels encontrará mais motivos para dar um fim nesse ciclo doentio, e só mesmo a neve irá testemunhar suas vítimas.


A dinâmica do filme tem um certo humor embutido, ainda mais quando após cada vítima teremos um "in memoriam" que combinado com a trilha sonora peculiar e as cenas que o antecedem e sucedem, é realmente cômico. O longa também lida com rixas entre povos de diferentes culturas, o que gera uma guerra territorial que só acrescenta mais dificuldade nos planos de Nels. Liam Neeson, embora prometa que esse seja seu último filme de ação, não vemos dificuldades da parte dele de executar um assassino, e fora das polêmicas de sua vida pessoal, ainda vemos um bom ator que talvez esteja cansado.

Poderemos encontrar referências óbvias ao filme "O Cidadão do Ano", quando policiais mencionam o quanto Nels é exemplar. Dos demais membros do elenco, ganham destaque Tom Bateman ("Assassinato no Expresso do Oriente") sendo um detestável vilão que só pensa em si, e também a policial interpretada por Emmy Rossum que nos mostra o quanto é difícil ser interessada no trabalho quando seus colegas não são. A atriz que mais destoa na história, chegando a ter um charme de tão aleatória é a atriz Eliabeth Thai.


A forma como a história segue nos dá um drama sem muita força, um suspense previsível e uma ação mediana. Sem as atuações e construções dos personagens ilustrados, o filme seria ainda mais descartável. Tanto sangue e nem mesmo sentimos as dores, prova de que precisava fortalecer essas cenas, e não deixar o protagonista com momentos tão dúbios, onde não sabemos se vamos rir ou chorar. Não surpreende como era esperado, mas por ser uma tentativa do diretor Moland de atingir o grande público com uma história que ele mesmo já contou melhor.

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