Filme - Cine Holliúdy 2: A Chibata Sideral
Nossa aventura se passa em Pacatuba, interior do Ceará. Em 1980, a popularização da TV obriga Francisgleydisson (Edmilson Filho) a fechar seu adorado Cine Holliúdy e ir morar na casa da sogra, ao lado da esposa Maria das Graças (Miriam Freeland) e do filho Francin (Ariclenes Barroso). Após passar por uma experiência alienígena, na qual um amigo foi abduzido, ele tem a ideia de rodar um longa-metragem de ficção científica onde Lampião enfrenta os seres extra-terrestres. Para tanto, consegue o apoio do prefeito Olegário (Roberto Bomtempo) e de sua esposa Justina (Samantha Schmütz), candidata às próximas eleições.
O grande elenco retorna para essa sequência com o dilema mais próximo da realidade brasileira: precisamos fazer dinheiro. Como forma de sobreviver as dificuldades, vemos o nosso querido protagonista se mantendo sonhador e com um filho que "amadureceu e não caiu tão longe da árvore". As escolhas são formulas já batidas para quem conhece o gênero, mas conquista o espectador com boas interpretações e uma dinâmica de legendas acompanhando as gírias nordestinas, e assim facilitando quem não conhece todas elas. Ainda que exista elementos sci-fi, vamos entender que essa ficção é mais uma forma da comédia se reinventar.
Os efeitos especiais impressionam quem pensa que se trata de um filme barato. A quantidade de personagens impede que fiquemos entediados com algum em especial, pois assim que um deixa de "fazer graça" o outro toma esse espaço. Ou seja, todos conseguem tirar ao menos um riso com todo esse dialeto que existirá no meio da humilde cidade do interior. Participações especiais como a de Falcão, Sérgio Malheiros, Milhem Cortaz e Chico Díaz nos farão rir mais e mais dos absurdos que seus personagens vão fazer em cena.
A comédia consegue agradar o público mais popular, que ri das barbaridades que essa população da cidade fala como se não fosse nada. Ainda que beba de grandes franquias como "E.T.", "Sinais" e outras de ficção científica, vemos que a essência da franquia é mantida, sendo uma homenagem ao cinema, e todas as suas variações. Como forma de valorizar nosso produto nacional, o longa foi selecionado para a mostra Première Brasil: Hors Concours da 20ª edição do Festival do Rio. Já podemos considerá-lo a comédia nacional mais divertida do ano!
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