Filme - O Parque dos Sonhos (Wonder Park)


Se procurarmos um filme pra família, muitas vezes nos deparamos com animações geniosas que fazem o imaginário das crianças, enquanto garante a atenção dos adultos. Será que "O Parque dos Sonhos" se encaixa nesse padrão? A Paramount Pictures em parceria com a Nickelodeon Movies, trará para os cinemas brasileiros a aventura mais fantástica que poderia ser real. Com estréia no dia 14 de março de 2019, o filme dirigido por David Feiss (criador do clássico cartoon "A Vaca e o Frango") chega aos cinemas em 2D e 3D, além de ter qualidade na dublagem em português.

June era uma criança dotada de incrível imaginação e, estimulada pela mãe, criou o Parque dos Sonhos (Wonderland). Lá, a diversão não tinha limites e os animais é que comandavam o show. Boomer era o urso de "boas-vindas", Peanut, o macaco engenheiro, e Steve, o porco-espinho chefão da segurança. Mas o parque perdeu a importância, quando June cresceu, e a tristeza tomou conta do lugar. Até o dia em que ela encontrou uma entrada mágica para a antiga diversão e resolveu trazer de volta aquela magia. E June sabia que poderia, junto aos parceiros de sempre, como os castores irmãos Gus (voz de Lucas Veloso) e Cooper (voz de Rafael Infante), dupla atrapalhada responsável pela manutenção dos brinquedos.


Logo de início vemos a imaginação de June sendo o pilar de tantas atrações que ela idealizou com a ajuda da mãe. É admirável ver seus pais incentivando a criatividade e fica perceptível que ela é feliz enquanto os tiver por perto. Dentro do conflito que o filme apresenta, a jovem terá de lidar com problemas reais que mudam seu pensamento para algo mais maduro, o que chega a ser engraçado, já que ela se sente responsável pelo bem estar do lar. Tendo algumas partes cheias de música fica fácil entender as lições que o filme quer passar para a criançada, e acabará atingindo até os adultos. A trilha sonora é agradável e bastante leve.

A animação tem um lado muito criativo ao nos fazer abstrair logo no início do longa. Entretanto, foi algo tão conflituoso ver o parque "antes" e "após" os problemas de June, que o filme toma proporções um pouco mais pesadas, tendo momentos que sentimos vontade de chorar. O ponto negativo está numa conclusão que não parece ter nos levado pra muito longe, já que tudo parecia temporário e logo voltou ao padrão. A arte e a animação estão deslumbrantes, e não faltam cores para alegrar até as cenas mais sérias. Seria melhor se não se assemelhasse a histórias como "Toy Story" e "Up! Altas Aventuras", e até mesmo na essência, filmes como "Peter Pan" e o último da trilogia "Madagascar".


"O Parque dos Sonhos" é um filme com boas ideias, mas fora as lições que ele apresenta será esquecível para o público que nem desejará rever nos cinemas ou em outro formato. Fica claro que não é pra qualquer estúdio investir não só na qualidade de imagem, mas também num roteiro mais interessante e misterioso. Sendo previsível, só mesmo as crianças para "engolirem" algo que pode ser divertido agora, enquanto não viram as referências que esse longa se inspirou. Felizmente não existe nada para trazer o parque em uma sequência. Vamos torcer por investidas mais inteligentes no ramo das animações.


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