Filme - Predadores Assassinos (Crawl)


Quem acha que o terror não está próximo da realidade precisa rever seus conceitos. O novo filme da Paramount Pictures mistura ação, horror com umas pitadas de drama para tornar "Predadores Assassinos" mais real para o espectador. Dirigido por Alexandre Aja ("Espelhos do Medo" e "Piranha 3D") e com o roteiro dos irmãos Michael e Shawn Rasmussen, teremos tudo para ter uma sessão aflitiva nos cinemas. Com lançamento para o dia 26 de setembro de 2019, é hora de provar que somos mais espertos que crocodilos monstruosamente famintos.

Quando a Flórida é vítima de um imenso furacão, os tsnunamis levam todos os habitantes a evacuarem o local. Mesmo assim, a jovem Haley (Kaya Scodelario) se recusa a voltar pra casa enquanto não conseguir resgatar o pai, Dave (Barry Pepper), gravemente ferido. Aos poucos, o nível da água começa a subir e Haley também se fere... agora tanto ela quanto o pai precisam enfrentar inimigos inesperados: gigantescos crocodilos que chegam com as águas. Nada mais assustador do que algo que existe e sabemos que pode acontecer em qualquer região litorânea.


O filme é bastante cru em não demorar para atingir seu objetivo: nos dar todos os desconfortos e mostrar o que é uma "maré de azar", literalmente. A fundamentação dos personagens é boa o bastante para torcermos pela sobrevivência de cada um em cena. Mesmo assim haverão momentos de raiva pelas reações que podem fugir do bom senso, ainda mais das demais participantes do elenco. Felizmente em uma hora e meia de duração, todos os incômodos ficam apenas na tela, já que quem gosta desse gênero quer se imaginar na situação e pensar numa saída antes dos personagens.

A ambientação embora limitada a uma rua comercial e residencial, pode ser mais reduzida a casa dessa família. Os toques iniciais da direção deixa claro que Aja tem experiência com o terror claustrofóbico e ao mesmo tempo o horror que nos faz rir de nervoso, a exemplo do "Piranha 3D" de 2010. A novidade está em seu final bastante abstrato para interpretações mil, podendo merecer um final alternativo ou mais arredondado. A sensação após a última cena é como voltar a respirar após horas submerso. A proximidade de Kaya e Barry foi essencial para dar um toque verdadeiro as personas que normalmente são rasas.


Com boas cenas, "Predadores Assassinos" é o tipo de filme que nos puxa para uma desventura visceral e com animais que podem fazer horrores sem precisar da ficção científica ou de uma possessão demoníaca. É divertido para ver com os amigos e ao final poucas cenas serão tão marcantes a ponto de ser um filme lembrado pelos anos. Não foge do gênero de filmes com tubarões ou piranhas, mas ao menos cria algo mais interessante e com pessoas que queremos vivas ao final. É pedir demais? Sobreviver ao tsunami parece mais vez mais complicado com essas feras.

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