Filme - As Panteras ("Charlie's Angels" 2019)


A nova geração das Panteras chegou! Uma das franquias que mais respeitou o empoderamento feminino no passar das décadas, desde sua origem na série de TV de 1976 até seus filmes dos anos 2000, sendo um dos lançamentos mais esperados do ano. Com direção, roteiro e atuação de Elizabeth Banks ("A Escolha Perfeita 2" e "Para Maiores") os treinos dos "anjos de Charlie" (referência ao título original) serão em uma escala internacional. Com lançamento para o dia 14 de novembro de 2019, "As Panteras" é distribuído pela Sony Pictures, e consagra o girl power, provando que seja você como é, com o preparo adequado... será uma delas.

Sabina (Kristen Stewart), Elena (Naomi Scott) e Jane (Ella Balinska) estão trabalhando para o misterioso Charles Townsed, cuja agência de segurança e investigação expandiu internacionalmente. Com as mulheres mais poderosas, inteligentes e treinadas do mundo, há agora times de Panteras guiados por múltiplos Bosleys que abarcam missões extremamente complicadas. A diferença é que nesse trio uma das jovens é novata, e terá que acompanhar o ritmo acelerado das demais. Tendo aproveitado a ideia dos formatos anteriores, da história de Evan Spiliotopoulos e David Auburn em uma linguagem mais atual, e necessariamente menos sexualizada. Tudo soa muito divertido, mas também muito preliminar.



O novo filme não desrespeita as obras anteriores, tentando mostrar que existe uma ligação entre todas elas, sendo semelhante ao também da Sony Pictures, "MIB: Internacional" (2019), já que agora temos o mundo das Panteras aos olhos de Elena, cuja inteligência é sua única arma até que esteja pronta para fazer parte do time. Kristen é a grande novidade, tendo mais expressão em sua personagem tagarela. Ella consegue cativar naturalmente com seu jeito durão, que aos poucos se mostra protetor ao dar apoio as suas novas amigas. Naomi é cômica, mas vive uma personagem ainda com muito a amadurecer. O trio é jovial aos olhos que cresceram vendo Panteras como mulheres femme fatales que seduzem pra conseguir o que querem.

A trilha sonora combina com a ideia de empoderamento que o filme trouxe, dando destaque a Ariana Grande, Miley Cyrus e Lana Del Rey em "Don't Call Me Angel", mas sentimos a falta do clássico tema de abertura  instrumental que sobreviveu aos anos com apenas pequenas alterações. Os efeitos especiais e fotografias se mostraram suficientes para não destoar na trama que nos fará suspeitar de todo e qualquer personagem que não seja as três protagonistas. A ideia tornou o filme menos previsível em seu desfecho, que soa muito rápido e cru, dando mais ênfase nas piadas e nas participações especiais, que essas são fenomenais para os fãs da franquia em seu capítulo original (série).


Com quase duas horas, a história soa como um live-action do desenho "Três Espiãs Demais", tendo ao menos uma abordagem mais diversificada ao incluir discretamente temáticas LGBTQI+, ação com boas sequências e diversas referências ao Brasil, tendo inclusive a cantora Anitta na trilha sonora com a faixa "Pantera". Não falta carisma por parte do elenco, e isso levará a história a sequências a depender do seu desempenho comercial. Só será esperada pro futuro uma experiência mais violenta e menos fofa... ou talvez equilibrar isso tudo como os filmes anteriores conseguiram tão bem. Foco Panteras!

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