Filme - Aves de Rapina (Birds of Prey: And the Fantabulous Emancipation of One Harley Quinn)


Após "Esquadrão Suicida" (2016) chegar aos cinemas, a oportunidade das HQ's mais deslocadas da DC Comics ganharem uma adaptação aumentou exponencialmente com boatos de um filme solo para a mentalmente frágil Arlequina. Correr esse risco após os acertos que a Warner Bros. conquistou com "Aquaman", "Mulher-Maravilha" e até "Shazan"? Dirigido por Cathy Yan ("Dead Pigs") e com o roteiro de Christina Hodson ("Bumblebee" e "Refém do Medo"), a coisa mais inteligente foi trazer todas as mulheres para um momento de sororidade e muita porrada, afinal, esse é um filme de ação e comédia. "Aves de Rapina: Arlequina e sua Emancipação Fantabulosa" chega dia 06 de Fevereiro de 2020, para matar os machistas e vilões de plantão.

Após uma separação amigável e irreparável para o casal do crime em Gotham, Arlequina (Margot Robbie) precisa de um recomeço, e para sua reinvenção fantabulosa ela se unirá a outras mulheres que estão enfrentando seus demônios pessoais... são elas a Canário Negro (Jurnee Smollett), Caçadora (Mary Elizabeth Winstead), Cassandra Cain (Ella Jay Basco) e a policial Renée Montoya (Rosie Perez) para formar um grupo inusitado de heroínas. Quando os perigosos Máscara Negra (Ewan McGregor) e Victor Zsasz (Chris Messina) começam a causar destruição em Gotham, as cinco mulheres precisam se unir para defender a cidade. A violência, álcool e drogas presente no filme justifica a classificação para maiores de 16 anos.


A equipe trouxe um girl power verdadeiramente bom, tendo a preocupação de não sexualizar suas novas personagens, que exalam uma beleza natural, até nos momentos de ação. Quem for para ver apenas Margot Robbie como Arlequina, terá um prato cheio da vilã, e ao mesmo tempo uma nova equipe de grandes heroínas. Ainda que com o teor cômico, é possível se emocionar e sentir o quanto é perigoso viver em Gotham. Com menções ao nosso querido Coringa e seu inimigo Batman, não esperem as participações dos mesmos... o que por mérito, não diminui a força do filme em contar uma história apartada das demais. Se passa após o "Esquadrão", mas essa parte é independente da trama de 2016.


Todo o elenco consegue nos cativar, inclusive os vilões que foram confirmados como um casal, tendo uma representatividade LGBT que vai além da sexualidade da Canário Negro, que diferente da série "Arrow", não precisou provar nada além de sua força. A montagem é outro ponto alto do filme, que trouxe versões animadas, muitas cores e tudo ao ponto de vista da Arlequina, que por mais protagonista que seja, não teve problemas em dividir o espaço e brilhar da forma certa. Com isso, o longa se torna uma divertida oportunidade de ver o que "As Panteras" de 2019 deveria ter sido. Mas Ok, precisamos de mais direções e roteiros como esse, que arriscam e encontram uma forma de agradar gregos e troianos.


Por fim, esperar mais de um filme que casa a trilha sonora de clássicos como Joan Jett ("I Hate Myself For Loving You"), Heart ("Barracuda"), combinando com hinos recentes como Kesha ("Woman") e as originais "Boss Bitch" da rapper e cantora Doja Cat, além da "Diamonds" que celebra a parceria de Normani Megan Thee Stallion. Através do filme vemos diversas forma de combate ao abuso sexual, e de mulheres que defendem os interesses umas das outras. Lindo! Como era esperado, o filme não terá CENAS pós-créditos... mas terá uma zoeira para os que esperarem. Sim, Arlequina é uma F@d#n%, e não precisa da sua ajuda! Emancipe Isso! 💋

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