Filme - "Aqueles que me Desejam a Morte" (Those Who Wish Me Dead)


Quando você está fugindo de seu maior trauma, como é possível combatê-lo? O novo thriller de ação da Warner Bros.  tem a assinatura de Taylor Sheridan ("Wind River" e um dos criadores da série “Yellowstone”) como diretor e um dos roteiristas do drama "Aqueles que me Desejam a Morte", que chegou aos cinemas brasileiros hoje (27 de Maio de 2021), sendo uma adaptação do livro de Michael Koryta, lançado em 2014 e agora com um grande elenco para iluminar esse filme mais do que as chamas que tomam a tela.

Em um dia comum na vida de uma criança de 12 anos, Connor (Finn Little) assiste ao assassinato do pai por dois desconhecidos. Apesar de conseguir escapar por uma floresta cerrada de Montana (EUA), o jovem garoto sabe que os assassinos não estão dispostos a deixar testemunhas. Na fuga ele conhece Hannah Faber (Angelina Jolie), uma bombeira que se encontrava na torre de vigia quando tudo aconteceu. Quando os criminosos resolvem atear fogo à floresta de modo a eliminar todos os vestígios, Connor e Hannah precisam entrar em uma luta desesperada para escapar à violência das chamas.


O esforço de trazer uma história original não parece ter ocorrido por parte dos roteiristas, pois vemos aqui os acontecimentos mais banais para quem viveu na última década. Os personagens são carismáticos, e com exceção dos vilões, parecem ter mais o que fazer. Esse ponto de vista de bombeiros que são heróis sem necessitar de poderes chega em um momento que todos querem valorizar esses profissionais que arriscam suas vidas por cidadãos que nem conhecem, mas o filme estacionou sua grande chance de fazer um drama mais interessante.

Recebemos uma obra que mais parece ter sido feita nos anos 2000, só que com certeza naquela época cortariam as atrizes que aqui brilham apenas por não existir rivalidade ou algo mais clichê. Medina Senghore trouxe uma mulher forte e cativante vivendo sua gestação em muitos riscos físicos. Angelina trouxe uma das personagens mais esquecíveis que conheceremos em seus longos anos como atriz. Atuar bem é o que salva esse elenco, sendo que até o mais jovem ( Finn Little) tem pelo menos 6 anos de experiência. 


Com uma hora e quarenta minutos, é divertido em parte pelas interações do elenco, e revoltante perceber tanto potencial perdido em uma superprodução, que até na conclusão trouxe a sensação que os filmes de antigamente traziam em não parecer um "final de verdade": A música toma a sala e os créditos aparecem no que poderia ser uma cena mais esclarecedora. Para fãs de séries como "Game of Thrones" e "The Walking Dead", vale rever alguns atores que sumiram por um tempo. Ainda bem que nenhuma árvore foi queimada para que esse longa fosse entregue.

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