Filme - "Espiral: O Legado de Jogos Mortais" (Spiral: From the Book of Saw)


Quem gosta de ver outros sofrerem até a morte? Os dias atuais nos deixam cada vez mais sensíveis quando vemos situações que poderiam ser evitadas. O espólio da franquia "Jogos Mortais" acaba de ganhar um herdeiro capaz para dar continuidade nessa série de "torturas criativas". A Paris Filmes trouxe para o Brasil o filme "Espiral: O Legado de Jogos Mortais", dirigido por Darren Lynn Bousman (diretor dos Jogos Mortais 2, 3, 4) e escrito por Josh Stolberg e Pete Goldfinger. Com previsão para chegar aos cinemas dia 17 de junho de 2021, esse é o nono filme a ter referências aos anteriores, inclusive o último lançado, "Jigsaw" de 2017.

Um sádico mentor desencadeia uma forma distorcida de justiça. Trabalhando à sombra de um respeitado veterano da polícia Marcus (Samuel L. Jackson), o impetuoso detetive Ezekiel "Zeke" Banks (Chris Rock) e seu parceiro novato William (Max Minghella) se encarregam de uma terrível investigação sobre assassinatos que assombram a cidade. Involuntariamente envolvido em um profundo mistério, Zeke se encontra no centro de um mórbido jogo do assassino. Hora de jogar um novo (velho) jogo!

A produção de Chris Rock foi o grande motivo de termos essa obra, o que lhe deu liberdade de experimentar um gênero que até então está longe da comédia que o tornou grande e lembrado até hoje. Como protagonista, era esperado uma melhor oportunidade dele mostrar sua versatilidade como ator, pois aqui se perdeu. O espectador só levará o filme a sério quando Samuel L. Jackson chega em cena para um papel que soou preguiçoso. Por fim, Marisol Nichols foi a mais esforçada, e nem sendo tão conhecida, pois torcemos por ela, embora seja uma personagem clichê como o vivido por Max Minghella, que poderia ser melhor, ainda que seja aceitável perto das faltas do elenco.

A carnificina não parece pesada em comparação aos anteriores, sendo algumas armadilhas bem genéricas para um público que agora tem uma nova franquia mais pesadas como "Escape Room". Mesmo com um gancho imenso para garantir uma sequência, será complicado se estiverem esperando um bom retorno de$$e filme. Temos aqui uma película que pode ser vista agora por quem nunca viu outros da saga, e ainda será desconfortável, mas não pelos motivos certos, pois o teor gore que poderia aumentar a classificação indicativa e diminuir a visibilidade.

Após uma sucessão de sangue e "presentes de grego", o jogo é praticamente o mesmo que conhecemos... os elementos lúdicos como um fantoche, os efeitos práticos que são bem vindos para não deixar a computação gráfica tornar tudo totalmente artificial. A maior tortura é assistir uma hora e quarenta e três minutos de vinganças que poderiam fazer algo mais pesado em comparação aos crimes cometidos... deixar suas vítimas doloridas em um momento de "viva com seus crimes" seria algo mais marcante.

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