Filme - "Invocação do Mal 3: A Ordem do Demônio" (The Conjuring: The Devil Made Me Do It)
Após tantos derivados, voltamos para macular a franquia original. Em "Invocação do Mal 3: A Ordem do Demônio" teremos James Wan apenas na produção, enquanto a direção fica com Michael Chaves ("A Maldição da Chorona"), que precisará segurar a qualidade desse grande título de terror da Warner Bros. Com lançamento para dia 03 de Junho de 2021, todos os fãs esperavam esse capítulo com os demonologistas mais famosos do planeta. Como sempre, "baseado em fatos reais".
Com o que poderia ser um mero caso de assassinato, é revelado um desconhecido mal que chocou até os experientes investigadores de atividades paranormais, Ed (Patrick Wilson) e Lorraine Warren (Vera Farmiga). Um dos casos mais sensacionais de seus arquivos, começa com uma luta pela alma de um garoto e ainda para marcar a primeira vez na história dos Estados Unidos que um suspeito de assassinato alega ter tido uma possessão demoníaca como defesa.
A cada passo da franquia vemos que os roteiristas ganham mais liberdade para sair da história real e trazer algo mais fora da fórmula que deu tão certo nos dois filmes anteriores. Ainda que tenham coisas que vão nos remeter os aprendizados que tivemos com os Warren, agora é diferente quando temos temas mais atuais - lembrando que o filme chega ao início da década de 80 - e um pouco do romance que cria uma homenagem ao casal que agora não está vendo o que é feito de seus relatos.
Ainda temos as pesadas cenas de Lorraine vivendo na pele os acontecimentos. Vemos "Annabelle" sendo uma das figuras que precisa estar em tudo, nem que seja em motivo de humor. Realmente seria interessante vermos algo em uma cena deletada, pois sua participação não é tão útil, além de facilitação para o roteiro desenrolar. A música continua sendo uma participação que nos situa ao momento em que os personagens vivem, indo de "Baby Hold On" do Eddie Money ao "Brand New Day" do Van Morrison, e lembrando o quanto Elvis ainda tem seu reinado.
Ter personagens céticos precisando de provas de que tudo é real foi a parte mais curiosa, já que os Warren tem bagagem suficiente para mostrar seus casos solucionados. Outra questão está nos sustos (jump scares) e efeitos apresentarem uma breve economia da qualidade, o que não deixa a história perder seu teor interessante, mas tudo combinado gera uma obra mais fraca em comparação aos primeiros títulos. Ainda que a ameaça pareça mais real, houveram dificuldades que tornaram a luta ainda mais emocionante, mas a técnica usada mostrou que esse filme funciona como uma conclusão mais tímida e sem ameaçar tanto o legado do "Invocaverso". James Wan, volte e faça algo!
Sem cenas pós-créditos, mas teremos logo na conclusão um bônus dos registros originais que ficaram com os Warren.
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