Filme - "A Lenda de Candyman" (Candyman, 2021)
Doces para os doces! O slasher da lenda urbana retorna quase 30 anos após o lançamento do clássico "O Mistério de Candyman" de 1992, sendo uma sequência "espiritual" que ganha o nome "A Lenda de Candyman". Dirigido por Nia DaCosta e com roteiro de Jordan Peele ("Corra" e "Nós") e Win Rosenfeld (produtor do filme "Infiltrado na Klan"). Sucesso garantido? Só tenha cuidado para não repetir seu nome cinco vezes! 👹
Com a mesma base no conto "The Forbidden" (1986) do escritor e cineasta Clive Barker, a história se passa em um bairro periférico de Chicago, onde a lenda de um espírito assassino conhecido como Candyman (Tony Todd) assolou a população anos atrás, aterrorizando os moradores do complexo habitacional de Cabini Green. Agora, o local foi renovado e é lar de cidadãos de alta classe. O artista visual Anthony McCoy (Yahya Abdul-Mateen III) e sua namorada, diretora da galeria, Brianna Cartwright (Teyona Parris), se mudam para Cabrini, onde Anthony encontra uma nova fonte de inspiração. Mas quando o espírito retorna, os novos habitantes também serão obrigados a enfrentar a ira de Candyman.
Lembrar do filme original é ainda mais fácil tendo em vista o retorno do ator Tony Todd, que aos 66 anos nos apavora com tanto carisma misturado com imprevisibilidade. O roteiro trouxe algo mais moderno em se tratando da diversidade racial, representatividade LGBTQI+ e tantas outras falas que nos fazem sentir num filme seguro do mundo preconceituoso em que vivemos. Essa obra é um revival do primeiro filme, dando aos novos cinéfilos a chance de conhecer ambos os longas.
Os efeitos podem em alguns momentos não passar a carga dramática que deveriam, e se não fossem as boas atuações, nem mesmo sentiríamos medo. A direção facilitou bastante a história para que tudo estivesse apenas como um desafio sem solução. O que é um ótimo GANCHO para sequências futuras, mas também deixou a sensação de que o filme acaba rápido e com um CORTE muito abrupto em sua conclusão.
Ainda que seja um terror, nesse momento está mais para suspense quando pensamos nas obras de Jordan Peele mencionadas nessa crítica. Com preocupação de fazer algo folclórico, pelo menos tivemos animações bem contextualizadas que podem nos dar pistas arrepiantes do que poderia ser uma cena real e mais pesada. Por fim, a sensação de que vimos o episódio dois do que pode ser uma trilogia? Vamos esperar mais 30 anos? Espero que não!
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