Filme: "Back to Black" (2024)


A Universal Pictures tem mais uma cinebiografia para os fãs de música. "Back to Black" conta a história nunca vista antes da ascensão precoce de uma estrela britânica que aos 27 anos faleceu por conta de uma intoxicação alcoólica. Todos sabemos seu nome, mas não temos ideia do quão sensível é para ela cantar sobre um amor que é, em seus termos, viciante. O Drama tem a direção de Sam Taylor-Johnson e chega nos cinemas essa semana, 16 de maio de 2024.

Amy Winehouse (Marisa Abela) vive o pior e o melhor da fama ao mesmo tempo. Veremos um pouco da sua criação judia, passando em menos de meia hora de filme para seu álbum de estreia "Frank" - onde o reconhecimento ainda era mínimo - e enfim o lançamento de seu inovador álbum de estúdio, “Back to Black”. Os dois álbuns são como filhos para a artista que nunca teve esse sonho realizado. Contado a partir da perspectiva de Amy, o filme traz um olhar sem apologias da mulher por trás do fenômeno e do relacionamento que inspirou um dos álbuns mais lendários de todos os tempos.

Com uma hora e quarenta e sete minutos, vemos poucas cenas reais, sendo apenas uma na TV, transmissão do Grammy que Cyndi Lauper e Miley Cyrus anunciam uma de suas cinco vitórias naquela noite. As capas de álbuns aparecem no filme com uma montagem do rosto da atriz, sendo provavelmente o maior desconforto nos poucos segundos que aparecem. Para quem já viu o aclamado documentário "Amy", aqui temos o lado não tão bonito, ainda que menos conflituoso e mais próximo das letras de suas canções.

É importante ver as referências musicais logo no início, sendo Amy uma mulher muito antes da maioridade, já que ao ouvir clássicos do Jazz e se vestir tão bem quanto seus familiares,   ela conseguia alcançar sua geração. Não atoa vemos Jukeboxes em quase todos os momentos, dos mais alegres aos mais sofridos.  De fato, o amor pode ter sido uma parte boa em momentos, mas aqui vemos codependência. Aquele casal bonito na foto, mas que se sente a energia caótica na convivência com eles.

"Back to Black" se esforça para ser uma homenagem, mas é a música que mais define Amy. Aqui não encontramos a verdadeira, só em trechos vocais. Fica o questionamento se queremos a verdade ou algo artístico? Aqui temos arte modesta, mas com as músicas certas no fundo. Amy iria caçoar do resultado, mas ela é assim... jamais aceitaria nada como está. Sua vida, suas regras, e sem gelo... Obviamente!

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