Filme - Rampage: Destruição Total


A busca por um novo filme que misture o gênero sci-fi com a ação fez Warner Bros. Pictures criar "Rampage". Como a produtora é detentora dos direitos de filmes como "Godzilla" (2014) e "Kong: A Ilha da Caveira"(2017) era esperado mais criaturas gigantes causando problemas por toda cidade e por culpa de ninguém mais que nós, humanos em busca de um futuro melhor. Dirigido por Brad Peyton ("Terremoto: A Falha de San Andreas" e "Viagem 2: A Ilha Misteriosa") é fácil entender seu amor pela aventura e pelo trabalho em parceria com o ator Dwayne Johnson. Quando esses elementos se misturam tudo fica mais próximo de um filme de ação daqueles que tudo pode explodir para o fascínio do público.

Com a promessa de ser um filme mais maduro sobre sobrevivência diante de animais que sofrem mutações graças a uma amostra de um experimento genético nocivo para a sociedade, ele alcança bem o público-alvo, mas talvez esse mesmo grupo não saiba que o filme é baseado num game de 1986 para os fliperamas. Sua trama não demora para desenrolar, o que a todo momento se mostrou simples demais para ter um significado. Sua salvação vem de uma das criaturas, o gorila albino chamado de George, seu elo com o personagem de Dwayne é ótimo. Ambos usam a língua de sinais para se comunicar e estão sempre próximos por não se darem bem com sua espécie, tanto George com outros gorilas e o Davis Okoye com outras pessoas.


A ideia de amadurecer ambos os personagens é até boa, pois ao longo da história o primatologista terá que confiar na Dr. Kate Caldwell (Naomi Harris) e encontrar o possível antídoto para essas alterações genéticas que elevaram a força, o tamanho e a agilidade dos animais afetados, além de outros efeitos que se revelarão aos poucos como forma de surpreender o público. A estratégia é válida, já que não existem muitos segredos e o desfecho se torna uma consequência de um conteúdo previsível. Até mesmo os vilões são uma desculpa até ridícula para tantos gigantes como ameaça.

Diante de um elenco singular, não vemos novidades para destacar. O filme parece ser feito para Dwayne mostrar sua força e fazermos piada com isso. Se ainda tem graça? Claro que sim, mas uma hora se torna até desnecessário. O trabalho para a qualidade visual está primorosa, tendo os efeitos especiais em sua melhor definição. Para quem preferir assistir em 3D será uma ótima experiência. A qualidade sonora também colabora com bons momentos de tensão para essa obra, que podemos garantir que quase tudo irá explodir. Para um público masculino é o grande momento de ver o que mais gostam, mas para o público feminino teremos uma decepção por não encontrarmos muitas figuras femininas que tomem tanto o controle da situação. Naomi é um esforço válido, mas não o melhor. Por fim, o que significa Jeffrey Dean Morgan nesse longa? Uma incógnita. Não sabemos a razão dele ter como competir com nosso "The Rock" Johnson.


Esse é um daqueles filmes com boas referências que vão de "Harry Potter" a "Diamante de Sangue" e até mesmo "King Kong", mas não passa de uma forma sensacionalista de enaltecer todas as demais obras da Warner. O esforço para comover vale para os mais sentimentais, sendo apenas um bônus que esse filme apresenta de maneira tardia. Pra quem não espera um filme único, venha aproveitar essa beleza explosiva que "Rampage" representa.

É BEM ASSIM, MAS COM  MUITOS EFEITOS ESPECIAIS.


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