Filme - Mentes Sombrias (The Darkest Minds)
Após uma boa pausa das distopias cinematográficas, o mercado literário continuou investindo em vender os direitos autorais para o cinema, e ainda que tivessem bons motivos para não continuar nesse caminho, vide "Divergente" e "Os Instrumentos Mortais", as grandes produtoras procuram franquias que se mantenha tão bem, ou que pelo menos chegue até o fim. "Mentes Sombrias" é a nova aposta do momento, tendo vários elementos que mesclam o que já vimos nos últimos anos. Dirigido por Jennifer Yuh Nelson ("Spawn: O Soldado do Inferno" e "Kung Fu Panda" 2 e 3), conheçam os novos adolescentes que deverão sobreviver enquanto lidam com problemas da idade.
Em um mundo apocalíptico onde uma pandemia conhecida como NAIA (Neurodegeneração Aguda Idiopática Adolescente) mata a maioria das crianças e adolescentes da América, alguns sobreviventes desenvolvem poderes sobrenaturais. Eles então são tirados pelo governo de suas famílias e enviados para campos de custódia com a promessa de "curá-los". Entre elas Ruby (Amandla Stenberg), que precisa se esconder entre as crianças sobreviventes devido ao poder incomum que possui. Entretanto, confiar não é fácil quando tudo que você tem é incerto.
O filme inicia bem como adaptação do livro homônimo, parte de uma trilogia da autora Alexandra Bracken, mas de uma forma acelerada e compactada para quem assiste e não tem a mesma bagagem dos leitores da franquia. A narrativa inicial da protagonista Ruby é intensa, mantendo uma atmosfera de suspense que acompanhará boa parte do longa. A dificuldade está em trazer um diferencial de um "Jogos Vorazes" ou "X-Men", pois os poderes apresentados são semelhantes aos dos mutantes que por ironia são do mesmo estúdio Twentieth Century Fox Film.
Destaque para o elenco, que por si só é brilhante! A própria Amandla mostrou um amadurecimento considerável e merece mais atenção dos produtores. Mandy Moore interpreta a Dra. Cate, personagem de grande importância para a franquia e ainda assim foi bem menos aproveitada, mas trouxe a simpatia de sempre. Harris Dickinson nos conquista como Liam, mas a formação do casal ficou melosa demais para um começo de franquia, nem mesmo o livro apresentou o romance de uma maneira tão forçada. Miya Cech, Skylan Brooks e Patrick Gibson vestem os personagens com sinceridade. A decepção ficou com Gwendoline Christie ser tão fria no papel de Lady Jane, o que por poucas cenas isso nem será tão visível.
Os efeitos especiais estão de bom tamanho para um início da saga. Alguns elementos visuais deveriam ser menos presentes, a exemplo dos olhos dos jovens, pois deixam tudo ainda mais amador. A dica é, menos é mais. Sobre a preocupação em trazer o livro para as telas, não foi tão fácil fazê-lo de uma forma mais excitante para o espectador. Além de ter que ver esse, terão de ver mais dois ou três filmes? Complicado! As únicas cenas que trazem o que o livro propõe são as de ação e de suspense, que revivem nossas lembranças do que era ser um tributo nos Jogos Vorazes.
Com a frase "Os que se transformaram vão mudar tudo", poderia ser melhor. Até a trilha sonora pop atrapalha o que seria um quase seria um thiller adolescente, ou seja, destoou e quebrou o clima em várias situações. Sem fugir das referências, "Harry Potter" recebe uma homenagem que até entendemos por serem jovens do nosso mundo que leem livros de igual modo. Os cenários são bons, ainda que básicos demais para trazer algo característico para "Mentes Sombrias". Até mesmo ser comercial é difícil vendo que a única coisa que poderemos encontrar a venda seria uma correntinha dA Liga, organização que está reunindo jovens com o intuito de fortalecê-los para o que virá.
Nossa Eterna Rue (Jogos Vorazes), orgulho do Distrito 11... PERA, é outra Saga? |
Com a conclusão, sem sombra de dúvidas ainda poderá se esforçar para que façam uma sequência, e ainda assim esperamos que seja melhor.
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