Filme - O Primeiro Homem (First Man)


A história que todos já estamos cansados de ver e ouvir ganha mais uma visão cinematográfica, sendo ainda mais pessoal. Inspirado no livro homônimo escrito por James R. Hansen, a biografia recebe nos cinemas a direção de Damien Chazelle ("La La Land" e "Whiplash") e com roteiro de Josh Singer ("Spotlight"). Como toda equipe de peso é pouca, teremos como produtores executivos Steven Spielberg e o próprio autor de "O Primeiro Homem". O filme chega nos cinemas dia 18 de outubro de 2018 e teremos uma bela lembrança ao pensarmos no primeiro homem ao pisar na Lua, Neil Armstrong.

A história foca na vida pessoal e profissional do astronauta norte-americano Neil Armstrong (Ryan Gosling) e sua jornada para se tornar o primeiro homem a andar na Lua. Os sacrifícios e custos de Neil, sua família, colegas de trabalho e toda uma nação durante uma das mais perigosas missões na história das viagens espaciais. Nesse aspecto vemos que dramatizaram bastante o que poderia ser mais um filme espacial frio e sem nenhuma novidade sob o sol. Felizmente aos poucos teremos como sentir empatia por cada personagem, e nesse caso a família Armstrong principalmente.


Destaque para a atriz Claire Foy que ao interpretar Janet, esposa de Neil, teremos uma visão nunca vista diante das câmeras nos momentos de perda e de glória para a NASA ou qualquer outra organização, que sempre parece esquecer que existem várias pessoas que perderão seus membros para uma conquista um tanto gananciosa. Algo constante no longa é a presença de momentos fúnebres e não conseguimos em tantos sentir a dor que foi real para alguns. O livro de 512 páginas com certeza abordaria essas partes com mais sensibilidade, e para um filme foi necessário optar por compactar tais emoções.

A obra é mais sobre o drama do que pela conquista: “É um pequeno passo para um homem, um grande salto para a humanidade.” tem um apelo muito grande onde em quase 10 anos existiam tentativas de chegar próximo a lua, e após vários equívocos chegamos ao êxito. Antes disso, fica claro que a mídia e a população questiona os gastos que esse sonho norte-americano gera ao mandar homens para o espaço e alguns que nem voltaram por falhas no sistema, um dos pontos a serem lembrados é o movimento negro que se apresenta através do rap que critica que homens brancos brincam de ir a lua enquanto os negros passam fome.


Com a preocupação de abordar o antes da conquista com o Apollo 11, ficou de fora a dúvida que muitos até hoje insistem em trazer para o público: será mesmo que o homem chegou a lua? Opiniões à parte, a obra possui muitos momentos de tensão, ainda que saibamos sua conclusão feliz. A qualidade da sonoridade é fenomenal e se destaca até mesmo nos momentos de silêncio absoluto. Por fim, sabemos que o conjunto é um filme perfeito para ser lembrado no Oscar. A viagem é excelente para quem gosta de aventuras espaciais e deseja um filme que teste sua paciência com mais de duas horas.

Paciência que a gente chega lá!

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