Filme - A Sereia: Lago dos Mortos (Rusalka: Ozero myortvykh)


A criatura mitológica que faz o imaginário das crianças chega agora em um tom mais obscuro. A proposta de um filme de terror com uma série de lendas se encontrando com um pouco de romance fez "A Sereia: Lago dos Mortos", filme russo do jovem diretor Svyatoslav Podgayevskiy (conhecido por "A Noiva" e "A Dama do Espelho: O Ritual das Trevas") que vem ganhando destaque internacional com o terror baseado em contos e/ou superstições. Finalmente a obra de 2018 chega no Brasil poucos dias antes do aniversário do seu diretor... com lançamento para o dia 31 de janeiro de 2019, será melhor se afastar dos lagos mais silenciosos.

O uso do mito universal, que são as sereias, foi bem curioso... já que pelo título temos uma pista de que se trata de apenas uma. Essa sereia em questão foi uma jovem que se afogou séculos atrás e agora se apaixona por Roman (Efim Petrunin), noivo de Marina (Viktoriya Agalakova), e tenta mantê-lo longe dela em seu reino submerso. Marina terá apenas uma semana para superar o medo do oceano, lutar com monstros e se manter viva e na forma humana. Com isso já sabemos que a história é bem simples e não fugirá de uma pequena região de veraneio.


O que poderia preocupar logo de início é o filme querer apostar em jump scares (sustos) a todo instante, e pouco se contando sobre uma história que parece estar presente apenas na vida de uma família que está novamente enfrentando esse ser. Motivo? Talvez azar seja nossa aposta após ver o filme, que em pouco mais de uma hora consegue se afogar em clichês muito antes do ato final. Curiosamente nossa protagonista não sabe nadar, e nem chega a ter um aproveitamento dessa limitação. A atriz inclusive pode ser o único rosto familiar, pois esteve no filme "A Noiva" (2017) do mesmo diretor.

Para um filme com poucos recursos, até que os efeitos não o deixam tão ruim, mas é bem aleatório ver que a ameaça tem apenas uma forma genérica e sem praticidade. Para piorar, só mesmo vendo a forma que podemos derrotá-la... sendo esse um daqueles filmes com pistas óbvias e realmente feito para quem está assistindo com os amigos e sempre está perdendo a atenção com outra coisa. Infelizmente nem os personagens fogem das escolhas mais estúpidas, e é difícil desejar que voltem bem após muitas cenas desnecessárias que tentaram revelar a personalidade de cada um.


Como encerramento, a cena final não nos provoca como a de abertura... já que somos ameaçados logo de início. A falta de um bom roteiro pesou a ponto de falhar com a produção de Ivan Kapitonov, parceria essa que chega ao terceiro filme. Por considerarmos que todos possuem essa falta de uma essência, não é de se surpreender que os demais filmes não sejam tão aguardados nem mesmo em seu país de origem, uma vez que a versão que está disponível para os brasileiros é legendada com a dublagem em inglês. Quer filme de terror maior?

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