Filme - Chorar de Rir
Se reinventar é uma arte, e até mesmo os comediantes vão precisar para se manterem em evidência. Como o cinema nacional é referência em se tratando do humor, em "Chorar de Rir" não será diferente. A aposta do diretor Toniko Melo (também diretor do filme "VIPs" de 2010)envolverá referências não só brasileiras, como também a grandes obras, consideradas clássicas até os dias de hoje. O filme que chegará no dia 21 de março de 2019 pela Warner Bros. poderá mostrar mais do que uma comédia saturada? Com um grande elenco vem grandes responsabilidades.
A “Estrela do programa de TV Chorar de Rir” , Nilo Perequê (Leandro Hassum) é um grande nome da comédia no país. Quando ganha o prêmio de melhor comediante do ano, o humorista decide mudar radicalmente sua carreira e se dedicar totalmente ao drama, deixando sua família e seu empresário desesperados. Até mesmo sua ex, interpretada pela atriz Monique Alfradique, que após se distanciar para viver seus sonhos decide apoiar o grande Nilo. Ir da comédia para o drama será ainda mais desafiador com um feitiço.
O filme tenta recorrer ao máximo de elementos para se manter engraçado, e com uma ideia até "fora da caixa" consegue ser aceitável perto de outros filmes protagonizados por Hassum, que aqui soube até rir de si mesmo com referências a seu inicio de carreira e seu peso na época. Com diversas participações especiais, fica difícil listar todos. Temos Sidney Magal num papel onde ele brinca com seu maior sucesso. Ingrid Guimarães e Fábio Porchat fazem uma pequena ponta nos créditos, onde mostram como são os atores versáteis. Felizmente o filme tem boas ideias, mas poderiam ter abordado muitos temas que estavam em cena.
Uma surpresa e tanto foi observar o longa-metragem de Toniko Melo sair do previsível com muita sutileza. A característica do diretor fez um favor para a obra que já traçava o caminho de uma comédia dramática genérica. Por sorte o elenco soube desenvolver seus personagens em tão pouco tempo de cena, e Hassum continua mostrando dedicação na atuação, vide o filme "Não se Aceitam Devoluções". Com um investimento considerável, podemos aceitar que essa está longe de ser a melhor comédia, mas é com certeza uma das mais curiosas em cartaz.
O que poderia ser apenas uma comédia foi uma grande oportunidade para questionarmos se estamos buscando sair "da mesmice" e um incentivo para lutarmos para conseguir tudo que a vida pode nos proporcionar. Nossos sonhos são parte de nós, então não existe barreiras tão complexas que a perseverança não resolva.
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