Análise - "LOVE + FEAR" álbum de MARINA (PARTE 2)
Como prometido, hoje é o lançamento de "LOVE + FEAR" da cantora galesa MARINA. Com o lançamento da parte "LOVE" antecipadamente, que você pode conferir clicando aqui, nos resta analisar a parte "FEAR" que foi guardada com muito carinho para o dia de hoje (26 de Abril de 2019). Sem mais delongas, o quarto álbum da cantora anteriormente conhecida como Marina and The Diamonds possui um pop predominante e com uma sonoridade mais sofisticada que seus anteriores, não desmerecendo os já conhecidos "FROOT", "Electra Heart" e "The Family Jewels", seu debut de 2010. As composições mantiveram a essência de MARINA, ainda que apresente mais da cantora para os fãs que viam letras muito dolorosas, enquanto em "LOVE + FEAR" ela demonstre mais positividade.
Com algumas entrevistas (inclusive a que está no final dessa publicação) vimos que aqui a cantora mostrará o álbum mais intimista e divertido de sua carreira. Vamos falar sobre as oito faixas referentes ao disco "FEAR", que finaliza nosso especial.
Believe in Love
A faixa inicial mostra de forma franca a insegurança de não acreditar quando alguém diz que te ama. A desconfiança da interprete em seu amado é o tema que nessa canção incentivará todos a darem um voto de confiança e não viver esperando o dia que perderá tudo isso. A música lembra faixas pop como "Blank Space" na sonoridade, e com um pouco dos elementos visto na última faixa da parte "LOVE" ("End Of The Earth").
Life Is Strange
Com um pouco de drama e uma sonoridade mais sombria, agora sentiremos a diferença entre as partes. Em trechos como "Ever since my dreams have changed, I'm crashing down like a paper plane" MARINA lida com a mudança drástica que põe sempre em dúvida do que ela tem feito com sua vida. Outra insegurança de se arriscar ao fazer a diferença, e podemos sentir que esse álbum é uma delas (Valeu o esforço!).
You
Em um tom bem "Better Than That", podemos ver que ambos sempre terão defeitos em uma discussão. O mais divertido é a sonoridade bem condizente com o verão, assim como "Orange Trees" que ironicamente toma também a terceira faixa no outro disco. Mais uma vez MARINA brinca com sua voz para dar a essa faixa uma inconfundível melodia. Talvez seja a mais simples e por essa razão passará tão rápida perto do que está por vir.
Karma
Quem esperava uma faixa agressiva se surpreenderá com MARINA. Apesar de dizer algumas verdades, ela não muda seu tom até meio cômico. A faixa nos lembra um pouco do "The Family Jewels" não só no "OH MY GOD,I think it's karma" (que pode lembrar a faixa "Hollywood") como também a sonoridade mais acelerada. Incrível como é maravilhoso ouvir certas situações em uma música aparentemente leve.
Emotional Machine
Mantendo a ideia de um disco mais dark e dançante, a única faixa que já ouvimos MARINA interpretar tem muito para ser single. A deliciosa trajetória do "FEAR" também lida com o fim do amor, e muitos podem recordar o "Electra Heart" em trechos como "Did you ever truly love me? Or are you just too scared to be free? My God is dying silently". Os sentimentos mais aflorados da cantora se mostram de maneira poética. Na versão ao vivo contamos com o feat. da dupla Broods, mas infelizmente ficou apenas a solo.
Too Afraid
Algo que parece muito mais pessoal permeia essa faixa. MARINA admite "I've been to every party, every bar, Nothing thrills me in this city anymore" e tomada em desespero decide fazer o que for melhor para agradar a todos, menos a si mesma. A faixa é mais suave e repetitiva, tendo uma espécie de flashback dos momentos onde ela não se sentia confortável, com breves picos de alegria. A faixa do disco que mais bateu a bad da noite.
No More Suckers
A canção perfeita para não pensar em gente estúpida. Mudar seu padrão é fundamental para evitar os mesmos erros em relacionamentos. Como uma boa libriana, MARINA admite começar muito rápido relações que a esgotavam. Com mais batidinhas é fácil imaginar nessa uma faixa para dançar rindo ou chorando, e a faixa tem a genial ideia de dizer (após várias queixas) "Why can't you help yourself?", o melhor recadinho pra se livrar dos aproveitadores.
Soft to Be Strong
A fofura na voz de MARINA é o final de maior plenitude que já vimos em seus álbuns até hoje. Para concluir vemos o amor e o medo frente a frente: "I know that when love is lost, It's only fear in disguise", a cantora usa seu dom de composição para aconselhar de modo que o medo se afastará quando não guardamos rancor, e que o amor virá em um espaço sem medo. Já queremos uma performance acústica com o piano já presente na canção.
CONCLUSÃO:
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