Filme - O Sol Também é uma Estrela (The Sun Is Also a Star)


Após o sucesso de "Tudo e Todas as Coisas", filme baseado também na obra da autora jamaicano-americana Nicola Yoon, a Warner Bros. soube aproveitar outro livro de sucesso da mesma escritora, numa adaptação de um romance jovem, com direção de Ry Russo-Young ("Antes que Eu Vá" e "Caminho para o Coração") já podemos esperar grandes parcerias entre mulheres na indústria cinematográfica, pois até no roteiro temos Tracy Oliver para auxiliar mais ainda o time feminino. "O Sol Também é uma Estrela" chegará dia 16 de maio de 2019 nos cinemas, e promete manter a essência do livro no tocante a questões raciais e acreditar que tudo acontece por um motivo.

A estudante aspirante a cientista Natasha (Yara Shahidi) é uma jovem extremamente pragmática, que apenas acredita em fatos explicados pela ciência e descarta por completo o destino. Em menos de 12 horas, a família de Natasha será deportada para a Jamaica, seu país de origem, mas antes que isso aconteça ela vê Daniel (Charles Melton), um jovem coreano sonhador que descobre que a menina não acredita no amor. Frustado, ele propõe a ela um desafio, de que em 24 horas ele conseguirá fazer ela se apaixonar por ele. Enquanto o sentimento dos dois vai aumentando cada vez mais ao passar das horas, a convicção de tudo o que ela acreditava será colocada em jogo.

Elenco nos bastidores, Charles Melton lendo o livro que deu origem ao filme

Com uma bela fotografia, temos a combinação da cidade e seus prédios representando a America, enquanto a trilha sonora pega a batida jamaicana, a exemplo da faixa "Come" da cantora Jain, que logo na primeira cena faz um contraste incrível para quem não sabia do que o filme trataria. Por incrível que pareça o preconceito não é o foco, ainda que apareça de forma velada, pois o grande segredo é mostrar o quanto precisamos acreditar no amor, no destino e tudo que não "podemos tocar". Até o título do filme é apresentado com o fato do o sol ser importante, e as pessoas admirarem mais as outras estrelas, uma boa forma de ver o que acontece na nossa sociedade.

As cenas principais terão momentos em que os dois personagens explicam sua cultura, justamente para fazer com que a jovem se apaixone pelas coisas que ele faz. Trazendo assim, oportunidades para eles conhecerem muito além de um indivíduo, mas a herança histórica. Com excelentes atuações longa é mais uma tentativa de Hollywood de mostrar culturas não exploradas antes. Depois do sucesso do filme "Podres De Ricos" (também da Warner), que foi um filme que mostrou para o mundo que os protagonistas asiáticos conseguem protagonizar e ainda se tornar um marco para os filmes de comédia romântica.


Com simplicidade, vemos que a história se encarrega de romantizar muito rápido e logo depois de mostrar que o que é pra ser será, talvez como uma forma de garantir que o amor ainda pode existir enquanto viver dentro de cada um. Felizmente o filme não apela para os mesmos finais que vimos em livros de young adult, e isso torna ele muito mais real. Outra prova disso é que a autora, assim como a protagonista, é jamaicana... podendo ser um romance pessoal que veio muito bem para as cenas, sem faltar com as fórmulas que tornam o gênero tão popular até os dias de hoje.

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