Filme - MIB: Homens de Preto - Internacional ("Men in Black: International")

Após a Sony Pictures reviver a franquia "Caça-Fantasmas" em 2016 com o diferencial do elenco feminino, seria uma questão de tempo para trazer a querida franquia "MIB: Homens de Preto" com a adesão de mulheres ainda mais fortes para usarem ternos e óculos escuros e resgatar a ideia de 1997 para os dias atuais em que as mulheres conquistam espaço no mesmo mercado que os homens. Dirigido por F. Gary Gray ("Velozes e Furiosos 8" e "Código de Conduta"), veremos "MIB: Homens de Preto - Internacional" tornar possível o sonho de uma jovem garota nerd ao entrar para a agência mais secreta que conhecemos, no dia 13 de junho de 2019. SAVE THE DATE!

Quando criança, Molly (Tessa Thompson) presenciou a abordagem de dois agentes do MIB aos seus pais, apagando a memória deles acerca da súbita aparição de um ser extraterrestre. Como estava escondida, a garota não foi atingida pela ação. Obcecada pelos mistérios do universo, ela cresceu com o sonho de ingressar no MIB. Após muita pesquisa, ela consegue descobrir a sede da agência e lá se candidata a uma vaga, sendo aceita por O (Emma Thompson). Ainda em experiência, e agora renomeada como agente M, ela é enviada a Londres para investigar algo estranho que tem ocorrido na agência local. É quando conhece o agente H (Chris Hemsworth), de grande renome pelos seus feitos no passado mas uma certa arrogância e displicência na execução do trabalho.

Com quase duas horas de duração, e sem cenas pós créditos, teremos um filme que funciona perfeitamente para quem quer conhecer a MIB dos dias atuais e que talvez desconheça a trilogia (já servirá para atrair mais público ao clássico), mas ainda se mostra muito despretensioso com uma história que pouco se liga ao passado, a não ser para servir com suas referências rasas e pouco carisma da equipe que se não fosse o humor de Tessa, não valeria tanto. Chris toma para si um personagem oposto ao da atriz, sendo irritante e sem um destaque que vá além de sua beleza (que é de interesse até dos outros planetas). Só não consegue ser pior que Rafe Spall ("Black Mirror"), que se torna copiosamente chato. A participação de Emma Thompson e Liam Neeson foi apenas uma miragem desperdiçada.

A fotografia combinou bastante com os efeitos especias, ainda mais num filme que demanda muita computação gráfica. Para um sci-fi de comédia, o humor está simples demais perto do que víamos com Will Smith. Trazer essa aventura dessa maneira soou comercial e pouco proveitosa, já que nem nos anima para uma sequência... sendo que atualmente quase todo filme precisa de um gancho. A emoção das cenas se perdem facilmente, e não estamos torcendo para que tudo se resolva já que tudo parece muito previsível. Poucas exceções em seu desfecho poderão impressionar o público, sendo uma conclusão que não foge de uma zona de conforto para os roteiristas.

A expectativa para uma era de empoderamento feminino em "MIB: Homens de Preto - Internacional" nos mostra o quanto podemos nos enganar quando uma história planeja unir coisas boas de qualquer forma.  É divertido, mas não o bastante para pensarmos muito ao sair na sala de cinema, sendo o mais esquecível até então. Apesar de repetirem a parceria de Chris e Tessa desde "Thor: Ragnarok", essa sintonia ficou mais como uma amizade entre profissionais, mas sem a química que os personagens necessitavam. É, acho melhor limpar a mente e fingir que não existiu.