Filme - Dora e a Cidade Perdida (Dora and the Lost City of Gold)
Um dos filmes mais aguardados nas férias está prestes a chegar. Baseado no desenho animado exibido pela Nickelodeon, "Dora, a Aventureira", a mesma protagonista estará vivendo novas experiências já que está com 16 anos. Dirigido por James Bobin ("Os Muppets" e "Alice Através do Espelho") e com um grande elenco, veremos Dora ganhando vida num live-action que eleva a história simples e educativa que cativava apenas crianças. "Dora e a Cidade Perdida" chega dia 14 de novembro de 2019 nos cinemas pela Paramount Pictures.
A história mostra um pouco da infância para enfim a adolescência de Dora (Isabela Moner), filha de aventureiros que sempre estudou em casa, na selva junto com o seu macaco Botas, seu Mapa e Mochila falantes. Os anos se passaram e novas responsabilidades surgiram na vida de Dora, agora ela frequenta a escola e mora na cidade junto com o seu primo Diego (Micke Moreno). No entanto, ela precisará embarcar em uma nova aventura para salvar seus pais e resolver o mistério de uma antiga civilização perdida.
A aventura se divide bem entre os momentos de adaptação da personagem na escola, já que está no ensino médio e suas atitudes serem meio infantis demais para sua idade, mas por outro lado a aventureira dentro dela é o que a torna tão especial, já que isso torna o filme cômico e até mesmo surreal. Estar em cena com os demais jovens tornou a experiência um pouco melhor, já que dentre os exageros de Dora, veremos que o primo Diego é nossa visão do que seria mais aceito socialmente. Para um filme mais amigável teremos espaço para um leve romance, sendo que os gêneros aventura e comédia são predominantes.
Eva Longoria (da série "Desperate Housewives") e Michael Peña ("Homem-Formiga") estão maravilhosos como pais da Dora. Além deles, o elenco jovem interpreta bem os arquétipos que são da menina inteligente que se une acidentalmente ao grupo (Madeleine Madden) e do nerd com habilidades estranhas e bom coração (Nicholas Coombe), sendo complementares do que Dora representa com a simpatia de Isabela Moner. Para um live-action que ganhou os cinemas, a Nickelodeon ganhou sua melhor chance de uma franquia divertida fora do canal. Com certeza merece sequências, e com elas um pouco de aprimoramento da parte em computação gráfica.
Com muita música, piadas divididas entre referências inteligentes a "O Fantasma da Ópera" e "Avatar", e hora com piadas bobas demais (que sim, as crianças vão adorar) para fazer desse um filme pra relaxar e se desligar da lógica. Com direito a alguns momentos da versão animada de Dora, será engraçado até mesmo para quem não acompanhava o desenho, e para quem é fã... terá muito pra rir da forma que lidam com a dinâmica que só funcionava no desenho. De fato, a forma que resolvem as situações mais sérias são simples demais, e brinca com a inteligência dos jovens espectadores.
Em uma hora e 42 minutos, é uma experiência boa para levar os filhos e netos. Por abordar o tema amizade, imaginação e proteção da natureza, as lições serão vistas de modo divertido. As músicas são a parte que desejamos esquecer, mas na hora é ótimo pra rir dos absurdos. É quase uma "Indiana Jones" para crianças, e ironicamente existem easter eggs da franquia que também é da Paramount. Aproveite para embarcar nessa que é sem dúvida a melhor versão que Dora pode representar em anos (melhor até que o desenho). Até o próximo filme, Dora!
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