Filme - Brincando com Fogo ("Playing with Fire", 2019)

Crianças são como um incêndio, você não pode parar quando começam! A grande comédia que chega pela Paramount Pictures com o selo da Nickelodeon Movies promete garantir uma combinação perfeita para toda a família. "Brincando com Fogo" é dirigido por Andy Fickman ("Treinando o Papai" e "Ela é o Cara"), com o roteiro de Dan Ewen e Matt Lieberman ("A Família Addams", animação de 2019), será uma briga que adultos e crianças não podem perder. Com estreia no dia 12 de Dezembro de 2019, será uma boa aventura para a criançada de férias? Veremos...

A trama gira em torno de Jake Carson (John Cena), um bombeiro extremamente dedicado e rigoroso, que não aceita que algo ocorra fora das regras impostas pela corporação. Ao resgatarem as crianças Bryan (Brianna Hildebrand), Zoey (Finley Rose Slater) e Will (Christian Convery), Jake e seus companheiros de trabalho Mark (Keegan-Michael Key), Rodrigo (John Leguizamo) e Axe/Machado (Tyler Mane) enfrentam um enorme desafio: como não conseguem localizar os pais do trio, precisam eles mesmos cuidar das crianças, mesmo sem ter o menor preparo para a função.

É possível dividir o filme em duas partes de tão simples que ele se revela, sendo a inicial a mais clichê e difícil de engolir se você viveu nos anos 90 vendo as comédias com grandes figuras públicas como Arnold Schwarzenegger, e nesse caso temos muita testosterona e atitudes machistas vindo de John Cena, lutador profissional que aos poucos iniciou com participações em séries e filmes para agora protagonizar ao lado de um grande elenco. Homens musculosos de masculinidade frágil, com as exceções que já mencionaremos. Tanto esforço para justificar que o trabalho de bombeiro exige dedicação e preparo físico.

Próximo ao meio do filme vemos o lado B de cada personagem, dando destaque a Keegan-Michael Key por ser o equilíbrio entre o badass e o fofo. Mane e Leguizamo conseguem nos fazer rir, até mesmo nos momentos mais bobos, tendo em vista que seus personagens fogem do que é real. O destaque do segundo ato é a atriz Judy Greer como Dra. Amy Hicks, que trouxe um pouco de romance, fugindo até da ideia exagerada de cientista nerd... ela é inteligente, apenas isso. As crianças são o único motivo para rirmos de verdade, até mesmo de nervoso.

Com muita música dançante, frases de efeito, muita propaganda de "My Little Pony" e fogo... é de se esperar que a comédia nos emocione, faça rir e ver nas pessoas algo além do que elas mostram superficialmente. O filme soa datado, como se o roteiro estivesse numa gaveta trancada em 1995 e só conseguiram abrir (leia-se "idealizar") agora. A direção tentou repetir a formula que obteve em "Treinando o Papai" com o The Rock... é difícil não comparar ou sentir um pouco de vergonha de ter visto esse longa desacompanhado de uma criança... eles vão adorar mais, afinal, CRIANÇA é FOGO!