Filme - "O Esquadrão Suicida" (The Suicide Squad, 2021)
Esqueça que já viu esse título para algum filme! O roteirista e diretor James Gunn está de volta à aventura de super-heróis, ou melhor dizendo, delinquentes degenerados da DC Comics. "O Esquadrão Suicida" chegará aos cinemas brasileiros dia 5 de Agosto de 2021, com distribuição mundial pela Warner Bros. Pictures. Ele não é propriamente uma sequência do filme de 2016, ainda que aproveite a afinidade de alguns personagens para ser ainda mais carismático. Não será recomendado para menores de 18 anos. Ele é realmente explícito, fazendo jus ao título, como deve ser!
Bem-vindo ao inferno, também conhecido como penitenciária de Belle Reve, onde são mantidos os piores supervilões, dispostos a fazer qualquer coisa para escapar – até mesmo integrar a supersecreta Força Tarefa X. Qual é a missão de vida (e morte) para hoje? Reunir um grupo de prisioneiros de alta periculosidade e armar todos até os dentes antes de jogá-los (literalmente) na remota ilha Corto Maltese. É, não se tem um dia de paz nessa simpática ação. Dá antiga turma temos o soldado de destaque do exército Rick Flag (Joel Kinnaman), o ridículo Capitão Bumerangue (Jai Courtney) e a psicopata favorita de todos – vide três filmes com ela protagonizando, Arlequina (Margot Robbie).
Ter novos heróis foi o que mais ajudou a franquia a receber um maravilhoso e revitalizado filme, além de trazer atores de outros países, como a portuguesa Daniela Melchior como a Caça-Ratos 2 (filha do vilão do "Batman"), a brasileira Alice Braga como a guerrilheira Solsoria. Viola Davis retorna como a agente Amanda Waller, rastreando cada movimento deles. Como sempre, basta um movimento errado e eles vão acabar mortos (seja nas mãos dos inimigos da ilha, de um companheiro de equipe ou da própria Waller). Se alguém estivesse disposto a fazer uma aposta em dinheiro, a escolha mais inteligente seria contra eles, todos eles.
Depois de “Aves de Rapina: Arlequina e sua Emancipação Fantabulosa” (2020), vimos os resultados de termos uma história simples, com personas diferentes, que deixariam tudo completamente caótico (de uma forma boa) só por interagirem com piadas. Agora com um teor mais adulto, nudez, xingamentos e tudo que os fãs de HQs procuram nos quadrinhos e vez ou outra encontram nos cinemas (da concorrência). Os efeitos sangrentos são bem artificiais, ainda que isso torne até cômico ver mortes que em outro contexto são dramáticas e impossíveis de lidar. Não tente levar a ficção muito a sério. Rever o lutador John Cena se empenhando na carreira de ator tem sido melhor com uma boa direção de personagem. Sylvester Stallone deu voz ao tubarão humanoide Nanaue, o Rei de todos os Tubarões.
James Gunn (da franquia Marvel “Guardiões da Galáxia”) dirige o roteiro de sua própria autoria, baseado nos personagens da DC. Com direito até a trilha sonora diversificada e brasílica, como a faixa "Quem tem Joga" da rapper Drik Barbosa em parceria com Karol Conká e Gloria Groove. Outras canções que integram é a "Meu Tambor" do Marcelo D2 e a "Samba na Sola" da Céu. Como boa parte do filme se passa em uma ilha fictícia da América do Sul, ter a trilha sonora com músicas brasileiras é muito compreensível, não sendo mera alteração para atender cada país com sua cultura mesclada. Ou sseja, é Brasil pro mundo todo!
Com duas horas e doze minutos, se de início pode ser desconfortável, logo estará adorando a nova ação que não sexualizou personagens femininas gratuitamente, além de trazer inúmeras referências do mundo geek (inclusive de outras distribuidoras), tornando mais engraçado e sem a necessidade de ter visto algo anteriormente. É uma nova etapa para o cinema de adaptações de obras da DC, que sempre pensou na família. Aguardem após a conclusão DUAS cenas pós-créditos.
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