Filme - "Ainbo: A Guerreira da Amazônia" (AINBO: Spirit of the Amazon)


Enquanto o Brasil não valoriza sua própria história, deixemos que outros façam o melhor que puderem. "AINBO: A Guerreira da Amazônia" veio da tentativa de trazer o folclore indígena peruano repaginado. Com a distribuição da Paris Filmes e dirigido por Richard Claus ("Meu Amigo Vampiro" de 2017) e José Zelada estreando como diretor nesse filme, que chega aos cinemas dia 30 de Setembro de 2021. Será que a animação vai agradar mais do que as crianças? 

AINBO nasceu e cresceu na selva mais profunda da Amazônia (pare localizada no Peru), o Candámo. Ela vive em uma civilização desconhecida que repousa sobre as costas do Espírito Materno mais poderoso da Amazônia, A tartaruga gigante Motelo Mama. Um dia ela descobre que sua terra natal está sendo ameaçada por uma maldição. Enquanto ela luta para salvar seu paraíso contra a ganância e exploração dos homens brancos, ela também precisará combater o mal iminente dos Yacuruna, a escuridão que vive na Amazônia.

 

Timão e Pumba?

Ver uma animação retratando um pouco da Amazônia é sempre motivo de curiosidade para nós brasileiros, e para essa história veremos mais dos bichos que conhecemos e que estão servindo até mesmo de guias espirituais. A jovem Ainbo terá Vaca (Anta) e Dillo (Tatu-bola), dois espíritos animais para ajuda-la a salvar sua terra e seu povo antes que seja tarde demais. Ambos serão os mais carismáticos nessa história, servindo mais de alívio cômico do que ajuda nas missões.

A animação é bem esforçada, ainda que perca muita qualidade nas cenas de ação. Se a obra era focada para o cinema, o resultado final soaria mais para um desenho que iria direto pra TV ou streaming. Os personagens estão completamente a deriva da história que não tem uma boa condução, chegando aos últimos 14 minutos de filme para solucionar tudo e apresentar a real ameaça. Lógico que ficaria uma conclusão pobre perto do que já temos como comparativo nós filmes de outros estúdios.

Moça, olha pra mim... eu tô aqui!

Por fim, as crianças vão amar os personagens que são bichos. Podem achar tudo mágico e podem aprender um pouco da cultura indígena, pois até o Yacuruna é uma lenda popular, mas não tem nenhum apelo para o público adolescente e adulto. A dublagem acerta na maior parte, mas tem situações que incomoda com as repetições de gritos e personagens com vozes que não condizem. Melhor salvar seu dinheiro e investir na preservação da Amazônia!

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