Filme - "Cry Macho: O Caminho para a Redenção" (Cry Macho, 2021)

A estrada pode ser longa, mas nunca vai sinalizar um final. O filme "Cry Macho: O Caminho para a Redenção" chega pela Warner Bros. Pictures, sendo uma adaptação de um livro homônimo de 1975, escrito por N. Richard Nash e dirigido por Clint Eastwood ("A Mula" e "Sniper Americano"). Com lançamento para 30 de Setembro de 2021, seja o caubói dessa nova aventura.

Clint Eastwood é uma ex-estrela do rodeio e criador de cavalos que, em 1979, arruma o emprego de um ex-chefe para levar o filho do homem para casa e longe de sua mãe alcoólatra. Atravessando a zona rural do México em seu caminho de volta para o Texas, a dupla improvável enfrenta uma jornada inesperadamente desafiadora, durante a qual o cavaleiro cansado do mundo pode encontrar seu próprio senso de redenção ensinando ao menino o que significa ser um bom homem.

Para quem gosta do gênero faroeste (western), essa é uma excelente pedida para ver com a família, e assim apresentar a uma nova geração aos filmes de Bang Bang, ainda que esse não pegue tanto na ação. Tratando de trazer um homem maduro que já teve dias melhores e piores, a sensação de dever cumprido pode ser deprimente, e chega uma nova missão para salvar mais de uma vida. É lindo como essa obra pode ser divertida e ainda ter um pouco de tensão.

A atuação de Clint foi mais sensível, e respeitando um talento de apenas 91 anos. Ao seu lado Eduardo Minett tem uma interpretação mais forçada, e embora seja seu primeiro filme, seria pior se não tivéssemos o terceiro integrante: um galo de briga! Por viverem juntos, a relação trouxe o elemento cômico que colaborou para dar um tom leve e até mesmo lúdico. Por fim, a atriz Natalia Traven é uma energia magnética que só trouxe alegria para um filme sem tanta luz.

Não pouparam recursos para fazer uma excelente fotografia, caracterização e até a trilha sonora trouxe o final da década de 70 para o cinema. Sua conclusão se assemelha a vida real, que não tem dificuldade que não possa ser resolvida, mas em compensação os problemas nunca nos deixam totalmente. "Cry Macho" passa voando (e deveria durar mais), em uma hora e quarenta minutos temos um filme mais sobre homens que choram e descobrem o amor onde menos esperam. O Drama é livre!