Filme - "King's Man: A Origem" (The King's Man, 2021)

"É belo e nobre quem morre pela pátria!" Após tantos adiamentos, finalmente chega a origem dos espiões que nas futuras gerações já conhecemos como a nomenclatura "Kingsman" (e rendeu dois filmes), a alfaiataria britânica de maior prestígio entre os espiões. "The King's Man" chega aos cinemas dia 23 de dezembro de 2021, com direção de Matthew Vaughn, o mesmo responsável pelos filmes de 2014 e 2017.

A trama traz o início da organização de espionagem Kingsman com destaque para Duque de Oxford (Ralph Fiennes), Conrad (Harris Dickinson), Shola (Djimon Hounsou) e Polly (Gemma Arterton), os protagonistas que deixam a trama mais cativante. Embora a responsabilidade seja maior de manter a franquia rentável, todo o elenco fez o melhor desempenho nessa aventura que pode funcionar como um filme único, ainda que já prometa sequências.

Com cenas pós créditos vemos que continuam trazendo fatos da realidade mesclados com a ficção, e pelo humor e cenas de ação se tornam uma boa pedida para o fim de ano. Não chega a tentar copiar os filmes que consolidam a história, apesar de fazer sutis referências. Como dizem, "antes um homem ser gentil era quase uma pena de morte", e com o decorrer do longa entendemos o preconceito que os britânicos sofrem.

Além dos vilões misteriosos, vemos a relação entre eles como o rebanho e seu pastor... cada um ilustrado como um animal. A ideia é boa, mas nem trouxe algo bem trabalhado na simbologia. Do outro lado, vemos ainda a távola redonda do Rei Arthur e os codinomes adotados com base na história. Por sorte o filme termina no tempo certo, sem se tornar cansativo ao extremo.

De fato, ainda existe boas ideias para aproveitar na franquia. Com tantas facilitações no roteiro, é esperado que os próximos levem mais a sério a inteligência do espectador. Uma pena o Final Boss parecer mais frágil do que o primeiro de seus cordeiros, mas valeu a representatividade LGBTQIA+. Mas ficaremos atentos, pois não só de reviravoltas viverá a agência Kingsman!