Filme - "Traição e Desejo" ("Trust", 2021)


Que seja romântico enquanto dure! Baseado na peça de teatro "Push" de Kristen Lazarian, o romance “Traição e Desejo” reúne o mistério e a aflição de descobrirmos mais do que queremos. O filme chega essa sexta, 14 de janeiro de 2022 às plataformas digitais Claro Now, Vivo Play, iTunes/Apple TV, Google Play e YouTube Filmes, para compra e aluguel. Com distribuição da Synapse Distribution, o longa foi dirigido por Brian DeCubellis. Com cópias dubladas em português e legendadas.

A obra tem como foco um jogo de tentações, ambientado no mundo da arte de Nova York, contando a história da galerista Brooke (Victoria Justice, da série infantil "Brilhante Victoria") e seu marido, Owen (Matthew Daddario, da série teen literária "Shadowhunters"). Com a chegada de Ansgar (Lucien Laviscount, da série "Emily em Paris"), um artista misterioso e tentador, essa história de amor começa a tomar novos rumos. Nesta trama cheia de reviravoltas e revelações, em que Brooke e Owen começam a duvidar da fidelidade um do outro, o casamento é posto à prova após uma série de impactos inesperados.

Ainda que seja um gênero cativante, não é fácil sobreviver sem os clichês... entretanto, o elenco soube guiar a trama para manter nossa atenção durante uma hora e meia de tela. Todos vindos de séries joviais e agora apostando num filme mais provocante, e deu certo ao momento em que nos colocamos no lugar de cada personagem. O filme até tenta nos confundir para entregar tudo no final, mas não funciona.

A ambientação fez maravilhas para esquecermos do isolamento social e da pandemia. Por se passar em época do natal, o filme não se prende a época para desenrolar. Ainda que chegue no Brasil só agora, é um filme de 2021. É interessante as críticas a tecnologia, uma vez que não desgrudamos dos smartphones, e como isso pode ser bom e ruim. A trilha sonora se apega no genérico, e com certeza o único desconforto nas atuações veio de Laviscount tentando ser um Kanye West genérico e egocêntrico. 

A conclusão tenta algo mais leve, e perde completamente o tom que poderia se manter no drama. Com flashbacks constantes e cenas "plantadas" pela imaginação fértil dos personagens, fica difícil adivinhar tudo sem assistir. Para uma obra mediana, soube contar de uma forma que veremos uma vez e não desejamos mais... como um caso extraconjugal?

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