Filme - "A Médium" (The Medium, 2021)

 

Sentiu falta do terror? Conheçam "A Médium"! É um pseudocumentário tailandês, dirigido por Banjong Pisanthanakun ("Espíritos: A Morte está ao seu Lado") e produzido por Na Hong-jin. É uma coprodução do GDH 559 da Tailândia e do Showbox da Coreia do Sul, e no Brasil chegará pela Paris Filmes com lançamento 19 de Maio de 2022, nos cinemas em cópias dubladas e legendadas.

Uma equipe de produtores tailandeses viaja para o nordeste do país para filmar a vida cotidiana de Nim (Sawanee Utoomma), médium que é possuída pelo espírito de Bayan, a divindade local que os membros da comunidade adoram. Bayan é uma deusa ancestral e possui apenas mulheres na família de Nim há muitas gerações. A última na linha de sucessão foi Noi (Sirani Yankittikan), irmã de Nim, que nunca quis ser médium. O espírito de Bayan mudou-se para Nim e está com ela desde então. Após a mulher fazer revelações sobre a família de sua irmã, sua sobrinha Mink (Narilya Gulmongkolpech) começa a exibir comportamentos assustadores.

A trama tem um início honesto, onde Nim garante que pode ajudar quem tiver problemas de cunho espiritual, mas até aconselha que procure um médico se for alguma doença física. A relação difícil com os irmãos torna o núcleo difícil, como ver "Casos de Família" sobre a intolerância religiosa, pois Noi é cristã e não quer nem que a filha tenha contato com a doutrina. A garota não liga pra o que vê, mas com as coisas tomando rumos complexos, veremos a Cerimônia de Aceitação onde tudo pode ser resolvido. O que mais assusta é que a deusa que eles tanto adoram, talvez não seja exatamente uma deusa.

Como ficção em documentário estilo "Atividade Paranormal", temos uma hora bem contemplativa até que nos 40 minutos do segundo tempo vemos uma colcha de retalhos clichê, mas com maquiagem e efeitos de baixo orçamento. As atuações são competentes, mas a dublagem tira o peso dramático. O que mais choca antes disso são cenas sexuais com nudez e violência a crianças, idosos e animais, sem contar situações de automutilação. Trará até discussões sobre tradições que apenas os nativos entenderiam com naturalidade.

O filme estreou no 25º Bucheon International Fantastic Film Festival em julho de 2021 e o fato curioso é que em alguns países foi exibido com as luzes (do cinema) acesas devido à grande quantidade de sustos. Com duas horas e onze minutos, é até incomum vermos um longa do gênero tão extenso, sendo que as cenas mais fortes ficaram pra parte final. Ainda estão gravando? Bayan quer seu melhor ângulo. 😈

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