Filme - "A Luz do Demônio" ("Prey for the Devil", 2022)
Para os amantes de terror e exorcismos no cinema, vemos "A Luz do Demônio" surgir com distribuição da Paris Filmes. Com lançamento no dia 2 de Novembro de 2022, teremos uma opção para o feriado de Finados! Dirigido por Daniel Stamm ("O Último Exorcismo" de 2010), teremos uma tentativa de reinventar o que conhecemos sobre a igreja católica e seus métodos de trazer pessoas possuídas para o caminho da luz.
Com as ocorrências de possessão demoníaca aumentando nos últimos anos, o Vaticano decide combater os casos abrindo uma escola voltada a treinar padres aptos para praticar exorcismos. A Irmã Ann está entre os alunos da escola, apesar dela ser uma das únicas mulheres interessadas no estudo, ela acredita que seu destino é realizar exorcismos. Quando um professor sente seu dom especial, permite que ela seja a primeira freira a estudar e dominar o ritual. Sua própria alma estará em perigo, pois as forças demoníacas que ela luta contra, revelam uma conexão misteriosa com seu passado traumático.
A trama inicialmente promissora trouxe um elenco muito bom, e é possível acreditar nas suas ações. Logo de cara vemos lampejos do passado da protagonista, uma infância perturbadora. Jacqueline Byers é um destaque com sua carismática freira que, ao olhar em poucos minutos, vemos uma pessoa que vai muito além da sua fé, afinal, vive em um ambiente masculino e com bastante rigidez. Até nesses casos é absurdo o machismo por parte de padres e freiras que não dão margem para um olhar de igualdade entre eles.
Partindo para os efeitos e trilha sonora, podem ser medianos em comparação as grandes produções de filmes e séries que até o diretor teve acesso ao comandar um episódio de cada, como "Into the Dark", "Eles", "Fear the Walking Dead" e até "Scream". Hora vemos efeitos práticos até convincentes, e logo partimos pra efeitos que podem tornar o filme engraçado, um erro grave para o terror que expõe tudo, menos o medo. O passado em flashbacks são mais inteligentes para gerar um suspense, apenas.
Entre uma hora de trinta e três minutos de arrepios, vemos conflitos no próprio roteiro que permite pensarmos num "X-Men" ou "Harry Potter" dos católicos, onde a tecnologia até parece moderna demais pra se aliar ao estilo clássico dos ambientes acadêmicos. Isso é o menor dos problemas, já que chegamos a situações de novelas mexicanas e o final tentará convencer que uma sequência é necessária... e não deveria! Quase como ver uma genérica "Buffy, a Caça Vampiros" nos cinemas.
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