Filme - "Oppenheimer" (2023)


"Agora eu me tornei a morte, a destruidora de mundos". Escrito e dirigido por Christopher Nolan, "Oppenheimer" é um thriller épico da Universal Pictures, que leva o público ao cerne do pulsante paradoxo vivido pelo enigmático homem que deve arriscar destruir o mundo para tentar salvá-lo. Com lançamento para dia 20 de Julho de 2023, exclusivamente nos cinemas, já sabemos que a sessão será longa.

A trama acompanha J. Robert Oppenheimer (Cillian Murphy) e é baseada no livro "Prometeu Americano: O Triunfo e a Tragédia de J. Robert Oppenheimer" de Kai Bird e Martin J. Sherwin. Com duas horas e quarenta e nove minutos de duração foi possível ter um ponto de vista do físico que se tornou conhecido na criação das bombas atômicas durante um dos momentos mais frágeis da história, a Segunda Guerra Mundial.

O elenco é enorme em quantidade e qualidade, incluindo participações breves de Florence Pugh e Rami Malek, além do veterano Kenneth Branagh. Tudo em cena valoriza a atuação, sendo uma história que parece um romance com uma contagem regressiva para tornar um terror aflitivo. No entanto, fica claro que a história pode agradar apenas um público que gosta de reviravoltas e jogos de poder, marca registrada da equipe envolvida, inclusive o diretor que está no seu 12° filme.

Filmado em IMAX 65mm e 65mm em grande formato combinados, incluindo, pela primeira vez, seções de cinematografia analógica em preto e branco, vemos o cuidado para que tudo seja contado de modo lúdico, e em partes de forma visceral, inclusive sem computação gráfica, tendo ajuda de cientistas reais que até se tornaram figurantes nas cenas. A classificação fica para maiores de 18 anos, por conter muitas cenas de nudez.

A experiência é cansativa e devastadora para quem assiste, não é a melhor película do diretor, mas é muito impactante e deixa uma grande possibilidade de indicações ao Oscar, principalmente em melhor mixagem e edição de som. Com um momento da história que gostaríamos de apagar, teremos no cinema um lembrete para não repetirmos os desastres do passado, essa é uma lição que a arte de "Oppenheimer" trouxe.

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