Filme - "Pobres Criaturas" ("Poor Things", 2023)
Deixe sua cria livre, se ela voltar... pelo menos saberá que se importa. Baseado no livro homônimo de Alasdair Grey, o filme "Pobres Criaturas" também faz referência ao clássico "Frankenstein", prometendo um romance costurado em muita ficção científica. Dirigido por Yorgos Lanthimos ("A Favorita" e "O Lagosta"), teremos sua estreia dia 1° de Fevereiro de 2024, somente nos cinemas.
Na era vitoriana, vemos Bella Baxter (Emma Stone) sendo trazida de volta à vida após seu cérebro ser substituído pelo do filho que ainda não nasceu. O experimento é realizado com sucesso pelo doutor Godwin Baxter (Willem Dafoe), um cientista brilhante, porém nada ortodoxo. Durante seis capítulos, teremos o desenvolvimento dessa nova criatura.
O elenco é digno da superprodução, tendo destaque Mark Ruffalo, Jerrod Carmichael, Ramy Youssef, Christopher Abbott, Margaret Qualley, Kathryn Hunter e Wayne Brett. Todos colaboram para tornar essa estranha fantasia real e digna dos tempos modernos. A trilha sonora tem muitos instrumentais dramáticos, mas ao mesmo tempo canções interpretadas por atrizes do elenco, como verão "ao vivo" em duas ocasiões.
Na conclusão podemos sentir enfim um conforto com o que antes era incômodo. Diversas vezes julgaremos personagens que não trazem nada além de experiência para outra, que está como um livro em branco. A estrutura e fotografia estão incríveis para quem espera um filme grandioso. Como muitas cenas trarão o preto e branco, não é constante, já que até isso se comunica com as situações, é digno do teatro. Se podemos sentir falta de efeitos especiais refinados, atualmente muitos filmes atendem cada crítica antes de lançar no streaming.
Com duas horas e vinte e um minutos teremos uma caracterização que nós causa repulsa, como ver um novo "Lar das Crianças Peculiares", mas com maturidade o suficiente para trazer cenas de sexo, ao mesmo tempo a personagem Bella tem cenas que se assemelha a Madonna em seu último projeto "Madame X" visualmente, já que foi um projeto que também trouxe Lisboa e inúmeras facetas da artista. Todas as cenas libidinosas são defendidas pela Emma Stone que também atua como produtora. Afinal, não estamos falando sobre a primeira obra sobre a liberdade sexual.
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