Filme - "Argylle: O Superespião" (2024)

 

Silêncio, estou escrevendo uma obra literária de sucesso! O novo filme de Matthew Vaughn (franquia "Kingsman" e "Kick-Ass") mesclará suspense, romance e comédia numa embalagem de obra de ação. A Universal Pictures trará para os cinemas no dia 1° de Fevereiro de 2024, "Argylle: O Superespião", lançamento baseado no livro homônimo. E o mistério já começa por aí: quem é a autora? Elly Conway, uma ilustre desconhecida que será nossa protagonista.

Bryce Dallas Howard ("Jurassic World") é Elly Conway, a reclusa e bem sucedida autora de uma série de romances de espionagem, cuja ideia de felicidade é uma noite em casa com seu computador e seu gato, Alfie. Mas quando as tramas dos livros dela – sobre o agente secreto Argylle (Henry Cavill) e sua missão de desvendar um sindicato global de espionagem – começam a espelhar as ações secretas de uma organização de espionagem da vida real, as noites tranquilas em casa ficaram só na lembrança. Acompanhada por Aiden (Sam Rockwell), espião alérgico a gatos, Elly (com Alfie em sua mochila) corre pelo mundo para ficar sempre um passo à frente dos assassinos, enquanto a linha entre o mundo fictício de Elly e o mundo real começam a se entrelaçar.

Com duas horas e dezenove minutos, teremos cenas interessantes para o humor, mostrando o entrosamento do elenco e algumas que justificam a alcunha de filme de ação. Só que a quantidade de reviravoltas cansa ao ponto de identificarmos quando a história irá colocar mais conveniências. A trilha sonora usa e abusa das cenas como "Electric Energy" da Ariana DeBose com Boy George e Nile Rodgers, "Get Up and Start Again" da Ariana DeBose (sim, ela está no elenco) e a recente "Now and Then" dos Beatles (finalizada com I.A.) numa versão especialmente para o filme, com a sinfonia do compositor Lorne Balfe e o dramaturgo Adam Price.

O elenco é o grande trunfo dessa película, já que muitos estão em destaque por motivos diferentes, como a cantora Dua Lipa e o lutador John Cena, ambos que estiveram no filme "Barbie" (2023) e retomam a parceria improvável. Samuel L. Jackson, Bryan Cranston e Catherine O'hara... três grandes peças em uma obra que não aproveita eles ao máximo, mas qualquer coisa com eles se torna relevante. Se isso fosse uma festa, todo mundo gostaria de ter fotos com ao menos duas celebridades.

Os efeitos especiais são aceitáveis em boa parte das cenas, não atrapalhando a experiência, que fica na média. Todos os envolvidos já fizeram coisas melhores, tanto na direção, atuação e esse ficou apenas como um resultado divertido e que não lembraremos perto do currículo de cada um. É um investimento enorme que talvez tenha mais sucesso quando chegar nos streamings. O diretor afirma que a autora do livro não é a Taylor Swift usando outro pseudônimo (coisa que ela já fez como compositora), será?

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