Filme: "Contra o Mundo" (Boy Kills World, 2024)

O Karma vem armado, e essas armas são punhos carregados com vingança! A produção de ação cômica e sangrenta da Lionsgate, “Contra o Mundo”, chega sem pedir licença, com os dois pés na porta dos cinemas brasileiros em 25 de Abril de 2024. A direção de Moritz Mohr e a distribuição da Paris Filmes farão desse um sucesso! (Boy Kills World)

“Garoto” (Bill Skarsgård) jura vingança depois que sua família é assassinada por Hilda Van Der Koy ( Famke Janssen), matriarca da dinastia pós-apocalíptica corrupta que deixou o menino órfão, surdo e sem voz. Impulsionado por sua voz interior, que ele emprestou de seu videogame favorito de infância, Garoto treina com um misterioso xamã (Ruhian) para se tornar um instrumento de morte e é solto na véspera do abate anual de dissidentes, se juntando a um grupo de resistência.

A proposta do filme é dinâmica e muito cativante num primeiro momento. Temos a energia de filmes como "As Panteras" (2000), "Kill Bill", "Jogos Vorazes" e até "Operação Overlord" num liquidificador de ideias que dariam um jogo de videogame maravilhoso, e não é atoa que o protagonista é gamer. O exagero está nas alturas e isso faz dele um longa esquisito, mas divertido. Se a violência beira o trash, certamente é intencional!

Com duas horas de duração, temos atuações de um elenco brilhante em papéis medíocres, uma trilha sonora matadora e só perde por conta da edição apressada que não acompanhou bem em muitos momentos da trama. Os efeitos também patinam entre o aceitável e o grotesco. O roteiro precisava de um final melhor, mas entregaram uma reviravolta atrás da outra.

Mesmo com problemas, a obra se mostra contra o cinema convencional que os blockbusters jogam em todos os cinéfilos. Temos referências aos jogos de luta, como "Mortal Kombat" e "Street Fighter", sem esconder que por trás dessa película existem fãs que desejam fazer dinheiro com o que amam. O famoso unir o útil ao agradável fez "Contra o Mundo" uma experiência radical em se tratando de adrenalina.