Filme: "Jorge da Capadócia" (2024)


Com as armas de Jorge foi possível fazer apenas isso? O filme que narra a história do popular santo guerreiro chega aos cinemas dia 18 de Abril de 2024 pela Paris Filmes. Com o título "Jorge da Capadócia", Matheus Souza assina o roteiro e temos a direção de Alexandre Machafer ("O Filho do Homem" de 2019), que se empenhou para fazer seu segundo filme épico possível, será que podemos ter fé no resultado final?

São Jorge, que já foi tema de lendas populares, música, dança, novela, livro e até documentário, agora chega às telonas com uma trama que acompanha o herói do povo, após ter vencido mais uma batalha. Condecorado como novo capitão do exército, Jorge (Alexandre Machafer) agora se vê diante de seu maior desafio; ser fiel à sua fé ou sucumbir às ordens do imperador Diocleciano (Roberto Bomtempo).

A produção, que também foi transformada em um livro: “Jorge da Capadócia: os bastidores do primeiro filme sobre o santo guerreiro”. Com uma edição em português e prevista para o idioma turco, a obra foi escrita por Alexandre Machafer e Crib Tanaka. Não tão impressionante, o lançamento coloca múltiplas funções para Alexandre, que sequer entrega uma boa atuação. As filmagens decepcionam com a perda de qualidade logo nos primeiros minutos de filme, onde o croma key (fundo verde) nos deixa sem acreditar no que virá nas quase duas horas de filme.

Em 303 D. C. existia o termo "deficiência"? Já vemos que coerência não foi uma preocupação para os criadores dessa abominação religiosa. O elenco reúne nomes conhecidos como o próprio Roberto Bomtempo e Roney Villela, mas não estão em seus melhores papéis. A caracterização é semelhante as de novelas bíblicas que vimos na emissora Record, e as cenas de computação gráfica parecem vir de outro filme, que pouco se encaixa na história.

Se São Jorge teve um dragão para enfrentar, os idealizadores de "Jorge da Capadócia" tiveram três ou mais, já que falta criatividade, orçamento e uma equipe que tentasse melhorar o estrago da edição. Ao som da música tema de Jorge, temos o fim da desagradável experiência de ir aos cinemas e entendemos que talvez seja melhor ler livros sobre o tema. Para o diretor/ator, torcemos que não aconteça mais essa vaidosa loucura de girar tudo ao seu redor.

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