Filme: "Tuesday - O Último Abraço" (2023)
O "eu não quero morrer" é um desejo perigoso demais! Dirigido por Daina Oniunas-Pusić (dos curtas "Rhonna & Donna" e "The Beast"), é sua estreia como diretora e ela reuniu muitos elementos fantásticos para o longa "Tuesday: O Último Abraço", que apresenta a comovente história sobre como lidamos com as perdas de entes queridos. Com estreia dia 1° de Agosto de 2024 nos cinemas brasileiros (mesmo sendo um filme de 2023), a distribuição ficou com a Paris Filmes.
A produção é um conto de fadas lúdico que retrata a difícil jornada da mãe Zora (Julia Louis-Dreyfus) e sua filha adolescente Lily Tuesday (Lola Petticrew) ao confrontarem a morte, que se apresenta através de um surpreendente pássaro falante. De forma sensível, o filme busca encontrar resiliência no inesperado. É bem possível chorar durante a sessão, mas o longa não força isso... as nossas dores internas que se alinham ao que surge nas alegorias.
Os efeitos em sua maioria são bons, sendo raros que destoam na obra, algo perdoável para um filme tão importante em sua mensagem. Produzido pela A24, BBC Film e BFI Films, o longa conta com assinatura de Helen Gladders, Ivana MacKinnon e Oliver Roskill. O elenco ainda conta com Arinzé Kene sendo a voz da ave, Leah Harvey como uma das enfermeiras e também Ellie James, Taru Devani e Jay Simpson em breves participações.
Com uma hora e cinquenta e um minutos foi suficiente para ver um mundo que anseia pela morte. Não existem vilões e por essa razão trazemos uma criatura que tem consciência de ser "única" e do quanto sua missão lhe desgasta, sendo um serviço sujo... ainda que necessário. A moral da história tem uma ótima saída para quem vive etapas de luto antes do falecimento, pois em certos casos o paciente enfermo sabe que lhe resta menos tempo a cada dia de tratamento.
Ainda que traga um pouco de terror em alguns momentos, o intuito foi mostrar desconforto e cansaço de quem cuida e sequer pensa em si, já que a codependência traz uma visão onde não existe mundo sem seu ente querido. Então qual a razão de viver quando eles se vão? Manter o outro vivo em sua memória!
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