Filme: "Babygirl" (2024)
Em "Babygirl", uma empresária bem-sucedida coloca sua família e carreira em risco em nome de um caso com seu estagiário bem mais jovem. Com distribuição da Diamond Filmes, o filme é dirigido e roteirizado por Halina Reijn ("Morte Morte Morte" e "Instinto") e estréia dia 9 de Janeiro de 2025 nos cinemas, embora seja originalmente lançado em 2024 em outros países.
No thriller erótico de Halina Reijn, Romy (Nicole Kidman) é uma executiva que conquistou seu posto como CEO com muita dedicação. O mesmo se aplica a sua família e o casamento com Jacob (Antonio Banderas). Tudo o que construiu é posto à prova quando ela embarca em um caso tórrido e proibido com seu estagiário Samuel (Harris Dickinson), que é muito mais jovem. A partir daí ela anda corda bamba de suas responsabilidades e, também, nas dinâmicas de poder que envolvem suas relações.
Com uma hora e cinquenta e quatro minutos, temos algo sensorial e audacioso, mesmo inicialmente beirando o que poderia ir por um caminho constrangedor e difícil de se concluir. As saídas foram mais interessantes do que pareciam, fornecendo ao filme situações menos previsíveis. A produtora A24 entrega mais um bom filme, que inclusive casou bem com a época de Natal de background.
A trilha sonora é outra etapa importante para nossos sentimentos, e Cristobal Tapia De Veer (que já trabalhou na série "The White Lotus") deu instrumentais que casaram bem com as canções que veremos aqui, como "Dancing on My Own" da Robyn, "Feather Figure" do George Michael e a deliciosa inédita "Leash" da Sky Ferreira, um retorno e tanto para a artista. Por incrível que pareça, o silêncio também é outra constante que nos congela para cada cena em que está presente.
Cotado como grande candidato para a temporada de premiações, temos que elogiar as atuações, e principalmente a entrega de Nicole Kidman, que certamente merecia uma reinvenção excitante como essa. As fotografias são excelentes para mostrar uma protagonista que vive o auge profissional e prazeres culpados no fim do dia. Só mesmo uma diretora seria capaz de trazer algo provocante e ao mesmo tempo seguro para explorar isso sem traumas para nenhum dos envolvidos.
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