Filme: "Queer" (2024)
"Queer" já é polêmico desde seu nome, e não é pra menos. O filme de drama e romance histórico foi dirigido por Luca Guadagnino ("Rivais" e "Me Chame Pelo Seu Nome") com base no roteiro de Justin Kuritzkes. Trata-se de uma adaptação do romance de 1985 de William S. Burroughs e que o diretor leu nos seus 17 anos. Sua estreia será dia 12 de Dezembro de 2024, somente nos cinemas, com a distribuição da Paris Filmes.
1950. William Lee, um expatriado americano na Cidade do México, passa os dias quase completamente sozinho, exceto por alguns contatos com outros membros da pequena comunidade americana, honestamente, os poucos que ele se conecta. O encontro com Eugene Allerton, um expatriado e ex-soldado recém-chegado à cidade, mostra, pela primeira vez, que pode finalmente ser possível estabelecer uma conexão íntima com alguém.
Ter Daniel Craig e Drew Starkey já bastava para termos uma deliciosa química sobre homoafetividade em uma obra que sabe usar suas simbologias e, por incrível que pareça, o maior inimigo aqui nem foi a homofobia. Outros destaques do elenco são Jason Schwartzman como Joe e Lesley Manville como Dra. Cotter. A ambientação lembra nossas novelas com cenas feitas em estúdios, quase que um musical.
Dividido em capítulos, até a trilha sonora soube rir um pouco das loucuras que viriam. De um início sóbrio ao som de pelo menos três músicas do Nirvana: "All Apologies" na voz da Sinéad O’Connor, "Come As You Are" e "Marigold" quase inteiras, sendo um videoclipe perfeito se ignorarmos a trama. Os efeitos especiais são bons, um único pode ser incomodo.
Com duas horas e quinze minutos, temos inúmeras cenas de nudez, uso de drogas de forma constante, o que incluiu uma passagem cômica pela América do Sul, e uma conclusão dolorosa de uma vida bem vivida. Foi preciso adiantar a carruagem, mas a loucura é a melhor explicação do terceiro ato e seu fim dramático. Fugiu do previsível e trouxe um pouco de alegria para os LGBTQueer's.
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